Interessados no Popular? Banco aceita propostas até hoje
Santander, CaixaBank, BBVA... há vários interessados em negociar com o Popular uma eventual fusão de negócios que criaria o líder em Espanha. Saracho só aceita propostas até hoje.
Quem quiser entrar, ponha o dedo no ar. É isto que o Banco Popular está a dizer aos potenciais interessados no problemático banco espanhol. Mas quem quiser entrar tem de ser rápido a manifestar-se. É que as instituições têm até final do dia de hoje para manifestar esse desejo ao JPMorgan Chase e à Lazard, que estão a assessorar o presidente Emilio Saracho na resolução dos problemas do Popular.
De acordo com o jornal Expansión (conteúdo em espanhol / acesso livre), esta é uma primeira fase do processo que visa sondar o apetite do mercado na compra do Popular, segundo fontes próximas do processo. E há interessados, desde logo os três grandes grupos financeiros espanhóis, Santander (dono do Totta), CaixaBank (dono do BPI) e BBVA. Quem ficasse com o Popular conseguiria a liderança no mercado em Espanha.
Também o Sabadell mostrou algum interesse em estudar um eventual negócio com o Popular, mas com pouco entusiasmo, segundo fontes do setor financeiro. Além disso, um grupo financeiro estrangeiro também terá deixado indicações de que poderá avaliar o dossiê Popular. Na semana passada, a imprensa espanhola deu conta de que também o Bankia poderia estar na corrida.
Em reação oficial, o Popular informou o regulador do mercado espanhol que registou várias manifestações de interesse numa eventual operação de fusão de negócios, sem revelar de onde vieram essas propostas. “Procedeu-se a uma primeira troca de informação com diversas entidades e solicitou-se uma manifestação de interesse preliminar para o dia de hoje para continuar a análise de uma possível operação”, indica o banco liderado por Saracho.
"Procedeu-se a uma primeira troca de informação com diversas entidades e solicitou-se uma manifestação de interesse preliminar para o dia de hoje para continuar a análise de uma possível operação.”
“O Banco Popular continua a desenvolver os seus planos, negociando a venda de ativos não estratégicos, preparando o reforço do seu capital e recursos próprios e fazendo uma prospeção de possíveis combinações de negócios com outras entidades. Até ao momento, não adotou nenhuma decisão definitiva sobre as diferentes alternativas”, acrescenta ainda.
Ações do Popular continuam em queda
O banco espanhol está a passar por dificuldades com o elevado volume de ativos tóxicos, sobretudo relacionado com o imobiliário. Na última intervenção junto dos acionistas, Saracho sublinhou que o Popular “está condenado a aumentar o capital” ou então a fundir-se com outro banco. Isto acontece depois de ter apresentado prejuízos históricos de 3,5 mil milhões de euros em 2016.
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