Mais provisões arrastam Popular para prejuízos

  • ECO
  • 5 Maio 2017

A banca empresarial e de retalho do Popular pode estar mais forte. Mas o mesmo não se pode dizer do imobiliário. Esta unidade obrigou o banco a registar mais provisões, o que se traduziu num prejuízo.

Prejuízos. É o que o Banco Popular revela no primeiro trimestre deste ano. A instituição financeira espanhola registou um resultado negativo de quase 140 milhões de euros, o que foi determinado, segundo o banco, pelo aumento das provisões para fazer face aos ativos tóxicos presentes no portefólio imobiliário. Um problema que continua a pressionar os balanços dos bancos europeus.

“A atividade principal do banco [banca empresarial e de retalho] continua a mostrar a sua força, com lucros líquidos de 180 milhões de euros no primeiro trimestre”, afirma o Banco Popular no relatório para os primeiros três meses do ano. Mas isso não foi suficiente para manter o banco no verde. O Popular registou um prejuízo de 137 milhões de euros no trimestre, em comparação com um lucro de 93,6 milhões de euros no mesmo período do ano passado.

"A atividade principal do banco [banca empresarial e de retalho] continua a mostrar a sua força, com lucros líquidos de 180 milhões de euros no primeiro trimestre. Por outro lado, o negócio do imobiliário perdeu 317 milhões de euros nos três meses até março.”

Banco Popular

Apesar do crescimento do negócio estratégico, a instituição financeira explica que o imobiliário registou perdas de 317 milhões. Nos três meses até março, o banco foi obrigado a colocar de parte mais 496 milhões para cobrir os ativos tóxicos nesta divisão — um aumento de 70% em relação ao período homólogo. Num tom mais positivo, o Popular afirma que a unidade de crédito está “estável”. Os empréstimos às pequenas e médias empresas cresceram 1,7%.

Emilio Saracho, chairman do Popular, já indicou que o banco terá de fazer um aumento de capital, mas só depois de reforçar a posição de capital da instituição através de alienações. Analistas estimam que o Popular pode precisar de até quatro mil milhões, muito mais do que o valor de mercado atual, de 2,9 mil milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Mais provisões arrastam Popular para prejuízos

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião