Michel Temer: “Não renunciarei”

O atual Presidente do Brasil diz que não renuncia ao cargo e rejeita as acusações que lhe foram feitas esta quinta-feira.

Michel Temer no momento da sua comunicação aos brasileiros esta quinta-feira.

Temer foi direto na sua comunicação ao país: “Não renunciarei“. O atual presidente brasileiro garante que não autorizou nenhum pagamento, algo que diz que vai demonstrar junto do Supremo Tribunal Federal, que abriu um inquérito. Michel Temer diz que não comprou o silêncio de ninguém e diz que “a revelação de conversa gravada clandestinamente trouxe de volta o fantasma de crise política”.

Temer disse ainda que “essa situação de dúvida não pode persistir por muito tempo”, referindo que não tem nada a esconder. “Sempre honrei meu nome. Nunca autorizei que utilizassem meu nome indevidamente“, afirmou Michel Temer na conferência de imprensa em que reagiu à divulgação da gravação de uma conversa com um empresário. A revelação foi feita pelo jornal brasileiro O Globo ter revelado que o empresário Joesley Batista, acionista da empresa JBS, gravou uma conversa na qual Temer o autoriza a pagar um suborno pelo silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, condenado por participação no esquema de corrupção na Petrobras.

Antes de comentar o caso, Temer referiu que o seu Governo “viveu nessa semana seu melhor e o pior momento: dados de geração de emprego, e a queda da inflação criaram condições de um país melhor”. Em causa está a retoma da economia brasileira que esteve em recessão. O Presidente do Brasil argumentou que o trabalho que está a ser feito não pode ir para o “lixo da história”. “Meu compromisso é com o Brasil, e é só esse compromisso que me guiará”, declarou. Pode ver aqui o vídeo completo:

O índice de São Paulo, o Ibovespa, logo após as declarações de Temer, estava a cair 7% e está neste momento a cair para lá de 8%.

Temer passa, assim, a estar formalmente sob investigação no âmbito da Lava Jato. Segundo a Constituição brasileira, o Presidente do país só poderá ser investigado por atos cometidos durante o exercício do mandato e com autorização do STF. Os factos denunciados por Joesley Batista já terão ocorrido durante a legislatura, em março deste ano. Michel Temer anunciou ainda que já pediu acesso ao conteúdo das gravações que o citam.

(Atualizado às 20h37 pela última vez)

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