Certificados de aforro perdem dinheiro há meio ano

Nos últimos seis meses, o investimento das famílias portuguesas no mais antigo produto de poupança do Estado encolheu em 577 milhões de euros.

Os certificados de aforro não param de perder dinheiro. Há seis meses consecutivos que os portugueses retiram dinheiro do mais antigo produto de poupança do Estado. De acordo com dados do IGCP, em abril os certificados de aforro sofreram resgates líquidos de 83 milhões de euros, alargando para 577 milhões o total de perdas registadas desde novembro.

Em abril foram realizadas subscrições de 41 milhões de euros, mas o montante resgatado voltou a ser superior: ascendeu a 124 milhões, registando-se assim um saldo negativo pelo sexto mês consecutivo. O montante total aplicado no final de abril encolheu para 12,4 mil milhões de euros, referem os dados apresentados pela agência liderada por Cristina Casalinho.

Esse dinheiro que está a desaparecer dos certificados de aforro está a ser encaminhado para os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM), com os investidores a procurarem tirar proveito dos retornos oferecidos por este produto. Em abril, os CTPM captaram, em termos líquidos, 300 milhões de euros, elevando para 2.115 milhões de euros, o total angariado nos últimos seis meses.

Os aforradores portugueses desviam assim o seu investimento para os CTPM, procurando rentabilizar mais as suas poupanças, sobretudo desde que o Estado decidiu eliminar o prémio que oferecia sobre o retorno das séries antigas dos tradicionais certificados de aforro. Desde março deste ano, que assim é. Também a taxa de juro oferecida nas novas subscrições de certificados de aforro da série D, não é apelativa para os aforradores.

Quem subscrever, em maio, certificados de aforro vai ter direito a uma taxa de juro bruta de 0,669%. Já quem subscreva CTPM tem direito no primeiro ano a uma taxa de juro bruta de 1,25% no primeiro ano. Nos quatro anos seguintes a remuneração sobe gradualmente para atingir um valor médio de 2,25%, em termos brutos, nos cinco anos de aplicação.

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