Desemprego sobe há seis meses consecutivos. Há mais de 317 mil inscritos no IEFP
Em dezembro, IEFP registou 317 mil indivíduos desempregados, mais 1,7% do que no mês anterior. Esta foi a sexta subida consecutiva do desemprego registado em Portugal.
O número de desempregados inscritos nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) continua a aumentar. Em dezembro, chegou aos 317 mil indivíduos, mais 1,7% do que no mês anterior, tendo sido esta a sexta subida consecutiva do desemprego registado em Portugal.
“No fim do mês de dezembro de 2023, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónoma 317.659 indivíduos desempregados. O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2022 (+10.654; +3,5%) e no mês anterior (+5.349; +1,7%)”, sublinha o IEFP, numa nota estatística divulgada esta segunda-feira.
Desde julho que o desemprego registado pelo IEFP não tem parado de aumentar, mês após mês (ver gráfico abaixo). Os economistas dizem estar atentos, mas salientam que essa evolução não surpreende face ao abrandamento da atividade económica e aos múltiplos desafios que os empregadores portugueses enfrentam, nomeadamente os níveis elevados de juros e os efeitos dos conflitos em curso no Médio Oriente e na Ucrânia.
Os dados divulgados esta segunda-feira mostram, contudo, que nem todas as regiões do país estão a viver esta evolução da mesma forma. Em termos homólogos, o Alentejo registou um aumento de 9,6% do desemprego em dezembro, enquanto na Madeira houve uma quebra de 24%. Já em cadeia, todas as regiões do país viram o desemprego crescer — com o Algarve em destaque (+18,4%) –, mas houve uma exceção: nos Açores, o desemprego caiu 0,6%.
Quanto aos setores de atividade, o IEFP dá conta que o agrícola registou um aumento homólogo do desemprego de 2,9%. Em comparação, no setor secundário a subida foi de 6,4% e no terciário foi de 4,9%.
Por outro lado, a nota divulgada esta manhã adianta que, no final de dezembro, havia 10.353 ofertas de emprego por satisfazer em ficheiro no IEFP. Tal significa que houve uma quebra tanto face há um ano (-1.078; -9,4%), como face há um mês (-2.887; -21,8%).
(Artigo atualizado às 11h00)
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