Orçamento de Trump dá gás a Wall Street
As bolsas norte-americanas caminham para o quinto dia de ganhos. Trump vai cortar nos gastos com os pobres e dar mais aos ricos através da redução de impostos. Wall Street gosta de ideia.
Esta quarta-feira é dia dos investidores ficarem a saber com maior detalhe a opinião da Reserva Federal sobre a economia norte-americana. Mas os mercados estão ainda a digerir os planos orçamentais de Donald Trump para o próximo ano. A nova Administração quer dar uma prenda aos mais ricos e cortes nos apoios aos pobres, estratégia que agradou a Wall Street: os índices acumularam ontem quatro sessões de ganhos e abriu esta quarta-feira em terreno positivo.
Em dez anos, Trump quer cortar 3,6 biliões de dólares em despesa do Estado norte-americano, o que irá implicar menos investimento em saúde (Medicaid), nos cupões de alimentação, os empréstimos aos estudantes e os programas de reformas federais. Por outro lado, Donald Trump quer gastar mais em defesa e na força militar norte-americana. A Segurança Nacional deverá ainda contar com 1,6 mil milhões de dólares dedicados ao início da construção do muro com o México em 2018.
O S&P 500 é o que mais valoriza com uma subida de 0,18% para os 2.398,44 pontos. O Nasdaq acompanha essa valorização com +0,15% para os 6.148,34 pontos. O Dow Jones está a subir 0,03% para os 20.945,66 pontos.
Contudo, esta quarta-feira os investidores vão ter também os olhos postos nas minutas da reunião dos governadores da Reserva Federal norte-americana. A Fed reuniu-se a 2 e 3 de maio, tendo decidido manter a política monetária intacta: a entidade liderada por Janet Yellen manteve a taxa de juro entre os 0,5% e 0,75% e disse estar atenta ao abrandamento económico no arranque do ano, que diz ser “transitório”.
As minutas poderão então ter mais pormenores sobre o que significa este travão no crescimento e qual será a probabilidade de um novo aumento da taxa de juro no próximo mês. Neste momento essa probabilidade fixa-se nos 75%. Além disso, os mercados querem saber como é que a Fed vai reduzir o seu balanço de 4,5 biliões de dólares de forma a preparar a retirada dos estímulos que injetou na economia norte-americana.
“Os nossos economistas norte-americanos (…) continuam com a expectativa de que a Fed vai subir [a taxa de juro] em junho e em setembro e que anuncie uma redução da folha de balanço em dezembro”, afirmaram os analistas do banco norte-americano Citibank, do Citigroup, citado pela Reuters.
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