Combustíveis voltam a aumentar na próxima semana. Gasóleo sobe dois cêntimos e gasolina um

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,646 euros por litro de gasóleo simples e 1,706 euros por litro de gasolina simples 95. São, pelo menos, cinco semanas de ganhos.

Os preços dos combustíveis vão voltar a subir na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá ficar dois cêntimos mais caro a partir de segunda-feira, e a gasolina deverá aumentar um cêntimo, disse ao ECO uma fonte do setor.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,646 euros por litro de gasóleo simples e 1,706 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). O preço do diesel vai, assim, a caminho da quinta semana consecutiva de subidas e a gasolina para a oitava.

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis. A redução de impostos determinada pelas medidas atualmente em vigor é de 25 cêntimos por litro de gasóleo e de 26 cêntimos por litro de gasolina.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent à sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. É ainda de recordar que os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo e da gasolina subiram 2,2 e 1 cêntimo, respetivamente, quase cumprindo a expectativa do mercado, que previa uma subida de 2,5 cêntimos no caso do diesel e de 1 cêntimo na gasolina.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está a subir esta sexta-feira 0,12%, para 81,73 dólares por barril, e tudo aponta para uma subida semanal tendo em conta a persistência das tensões no Médio Oriente, depois de Israel ter rejeitado uma proposta de cessar-fogo do Hamas.

As tensões mantiveram os preços do petróleo elevados, com o brent e o WTI a ganharem mais de 5% durante a semana. “A mudança de quinta-feira” — ambos os índices subiram 3% — “pareceu um pouco excessiva tendo em conta que não aconteceu nada de muito relevante em termos de fundamentais”, disse Warren Patterson, chefe de matérias-primas do ING, citado pela Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Embora o conflito no Médio Oriente tenha levado a uma subida dos preços, não houve impacto na produção de petróleo. A produção da Noruega e da Guiana, países que não integram a OPEP, está a aumentar, enquanto a Rússia está a exportar mais petróleo em fevereiro do que planeava, após uma combinação de ataques de drones e interrupções técnicas nas suas refinarias que podem prejudicar a sua promessa de reduzir as vendas sob o acordo da OPEP.

Os riscos de deflação na China, o maior importador mundial de petróleo, também estão a pesar nos preços mundial do ouro negro

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