Juros portugueses afundam na semana do OE
As taxas das obrigações da dívida nacional arrancaram a semana em queda. Destacam-se entre os pares em antecipação do OE, mas também da decisão da DBRS.
Os juros da dívida portuguesa arrancaram a semana em queda acentuada, mas mantendo-se acima dos 3,5% a 10 anos. A descida expressiva acontece em vésperas da decisão da DBRS sobre o rating de Portugal, uma revisão que Mário Centeno acredita será positiva.
As taxas das obrigações do Tesouro recuam em todos os prazos, sendo a descida mais expressiva nas maturidades mais longas. Enquanto a yield a dois anos desce 0,9 pontos base, a taxa a cinco anos cai 4,8 e recua 6,7 pontos base no prazo a 10 anos. Está nos 3,554%.
Juros da dívida a 10 anos corrigem
Estas quedas colocam Portugal em destaque no panorama da Zona Euro. São as mais expressivas entre os títulos de dívida dos países que partilham o euro, apesar da “prova de fogo” que será a decisão sobre o rating por parte da DBRS, a única agência que mantém Portugal elegível para as compras do BCE.
Basicamente, a posição que eles têm é de que se sentem muito confortáveis com a nossa situação orçamental que classificam de ‘muito forte’.
A DBRS vai pronunciar-se sobre Portugal a 21 de outubro, uma semana após a apresentação do Orçamento do Estado para 2017. A agência canadiana é a única com um rating de qualidade para a dívida do país, sendo que Mário Centeno está confiante no resultado da revisão.
“Obtive comentários muito positivos”, disse o ministro das Finanças, à Bloomberg, após um encontro com a DBRS. “Basicamente, a posição que eles têm é de que se sentem muito confortáveis com a nossa situação orçamental que classificam de ‘muito forte’”, diz.
“Claro que a nossa expetativa é de que eles não irão alterar a sua perspetiva para a nossa dívida, nem a classificação que têm”, acrescentou Centeno. A DBRS atribui um rating de qualidade que permite a Portugal manter-se elegível para o programa de compras do BCE.
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