Mário Centeno: “Não fecho a porta ao Eurogrupo”
O ministro das Finanças português não afasta a possibilidade de vir a ocupar a presidência do Eurogrupo. Isto depois de Wolfgang Schäuble ter apelidado Centeno de “Ronaldo do Ecofin".
Mário Centeno não afasta a possibilidade de vir a ocupar a liderança do Eurogrupo. Isto depois de Wolfgang Schäuble ter apelidado o ministro das Finanças português de “Ronaldo do Ecofin”. Apesar de manter a porta aberta, Centeno garante que não está neste momento a ponderar sair do Governo para ocupar a presidência a tempo inteiro.
“É evidente que não fecho a porta ao Eurogrupo, nem seria responsável da minha parte fazê-lo. Mas vejo isso com a maior das naturalidades, no contexto de que há todo um trabalho feito em Portugal que é reconhecido lá fora. Tem menos substância que seja reconhecido na minha pessoa.” É assim que Mário Centeno responde numa entrevista ao Expresso (acesso pago) sobre a possibilidade de vir a ocupar o lugar de presidente do Eurogrupo.
"É evidente que não fecho a porta ao Eurogrupo, nem seria responsável da minha parte fazê-lo. Mas vejo isso com a maior das naturalidades, no contexto de que há todo um trabalho feito em Portugal que é reconhecido lá fora. Tem menos substância que seja reconhecido na minha pessoa.”
As declarações são feitas depois de o ministro das Finanças alemão ter reconhecido o trabalho de Centeno. Sobre os elogios de Schäuble, o ministro português diz apenas que o “mais importante é o reconhecimento que até ele faz do que se passa em Portugal”.
Questionado sobre que impacto esta saída do PDE terá no Orçamento de Estado do próximo ano, Centeno refere que “estamos muito focados em cumprir de forma rigorosa os objetivos com que nos comprometemos no Parlamento. Nomeadamente, através da redução da dívida pública, que acompanha a desalavancagem do endividamento privado muito significativo que ocorreu nos últimos anos em Portugal e que foi, aliás, acentuado em 2016″.
Quais são os objetivos para o próximo ano? “Para 2018, o objetivo é cumprir as metas orçamentais, porque serão elas que permitirão a redução continuada do esforço do país no seu financiamento”, salienta o ministro. No entanto, Mário Centeno mantém-se cauteloso em termos de expectativas. “Ser anticlímax é a função do ministro das Finanças. Retiremos essa dose que faz parte do meu karma e vamos centrar-nos nas medidas que estamos a discutir.”
Solução para o malparado
Centeno disse ainda que estão em discussões com Bruxelas sobre a solução para o malparado. “Não escondo que o Governo português gostaria — e tem-no feito saber — que houvesse uma solução europeia. Sabemos que entre o desejo e a concretização não podemos ficar parados”, explica.
Em março, o primeiro-ministro afirmou que as primeiro-ministro que o Governo e o Banco de Portugal estariam a concluir as negociações com as instituições europeias para a adoção de uma solução em relação aos elevados níveis de crédito malparado.
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