Misericórdias preparam candidatura ao Plano Juncker

  • ECO
  • 27 Maio 2017

Objetivo é usar o apoio das verbas comunitárias para recuperar equipamentos sociais como hospitais, unidades de cuidados continuados, estruturas residenciais para pessoas idosas, creches ou cantinas.

A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) vai candidatar-se ao Plano Juncker para recuperar equipamentos sociais como hospitais, unidades de cuidados continuados, estruturas residenciais para pessoas idosas, creches, pré-escolares ou cantinas sociais. Em entrevista ao Dinheiro Vivo, o presidente da UMP, Manuel de Lemos explicou que a proposta vai ser entregue até ao final do verão.

Os equipamentos sociais estão a precisar de requalificação. Estamos a preparar uma candidatura aos fundos do plano Juncker, em cooperação com o Estado”, disse o responsável, acrescentando que já tem um sindicato bancário e está “em testes com algumas Misericórdias”. “Já tivemos contactos com o Luxemburgo… Esperamos entregar a candidatura até ao final do verão e depois, serão três a quatro meses para a avaliação”, frisou.

Já tivemos contactos com o Luxemburgo… Esperamos entregar a candidatura até ao final do verão e depois, serão três a quatro meses para a avaliação.

Manuel de Lemos

Presidente da União das Misericórdias Portuguesas

A candidatura será apresentada através de uma plataforma criada entre as várias Misericórdias, porque o Banco Europeu de Investimento apenas aceita financiar projetos com um valor mínimos de 50 milhões de euros. “Há um valor mínimo de 50 milhões de euros de financiamento e por isso estamos a juntar várias Misericórdias, através de uma plataforma”, explicou Manuel de Lemos, que está à frente da UMP desde 2007.

É esta exigência que explica, em parte, o facto de Portugal ter apenas 18 projetos selecionados para serem financiados pelo Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos (FEIE), segundo o vice-presidente do Banco Europeu de Investimento (BEI), Román Escolano, que esteve em Lisboa em fevereiro. Em causa estão 1.000 milhões de euros (valor correspondente ao final de 2016) que serão disponibilizados à medida que os projetos forem sendo executados, pelo que parte importante do dinheiro ainda poderá demorar alguns anos até chegar na totalidade à economia portuguesa.

O valor atribuído aos projetos pelo Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos implica que haja também dinheiro colocado pelos promotores privados pelo que o BEI espera que os 1.000 milhões de euros a colocar nos 18 projetos em Portugal impliquem que, no total, sejam mobilizados 3.400 milhões de euros de investimento na economia.

O ‘plano Juncker’ foi apresentado no final de 2014 pelo atual presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e tem como objetivo ajudar à retoma da economia europeia através da mobilização de 315 mil milhões de euros de investimentos no conjunto da União Europeia.

O plano tem como suporte o Fundo Europeu de Investimento Estratégico, dotado de 21 mil milhões de euros, sendo 16 mil milhões de euros de garantias do orçamento da União Europeia e cinco mil milhões de euros de dinheiro do BEI.

 

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