“Mercado de trabalho está pujante”. Governo recusa alarme com subida do desemprego

O desemprego registado pelo IEFP está a aumentar, mas o Governo não está alarmado e garante que o mercado continua a dar sinais de estar a resistir bem aos desafios, nomeadamente internacionais.

sete meses que o desemprego registado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) está a subir, mas o secretário de Estado do Trabalho entende que não há motivo para alarme. Em declarações ao ECO, Miguel Fontes sublinha que essa trajetória é “essencialmente explicada pelo aumento da população ativa” e garante que o mercado de trabalho português continua a dar sinais de “pujança” e de estar a “resistir à conjuntura”.

“Devemos pôr os dados em perspetiva“, começa por frisar o responsável, no dia em que foram conhecidos os dados de janeiro do desemprego. No primeiro mês do ano, o número de inscritos no IEFP superou a fasquia dos 335 mil, ou seja, cresceu 5,5% face ao mês anterior e 4% em comparação com o valor registado há um ano.

Ora, na visão de Miguel Fontes, “esta subida do desemprego registado tem de ser compreendida num cenário em que a população ativa também aumentou 2,4% no último ano“.

Mais, há que notar, diz, que o mercado de trabalho registou “dados excecionais de redução do desemprego” durante vários meses. E, não sendo previsível que as quebras continuassem indefinidamente, a interrupção dessa trajetória não tem gerado, então, particular alarme.

Por outro lado, o secretário de Estado do Trabalho lembra que a taxa de desemprego medida pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) tem estado estável nos 6,6%.

Além disso, Miguel Fontes frisa ainda que “janeiro é sempre um mês de subidas“. “Há 20 anos que é assim”, afirma o secretário de Estado, que considera que o aumento agora registado está mesmo “dentro do expectável“.

“O mercado de trabalho tem registado uma excelente performance. O que verificamos é um mercado de trabalho dinâmico, pujante, que dá sinais de resistir à conjuntura“, defende.

Apesar de descartar o alarme, o secretário de Estado do Trabalho confessa que há alguma preocupação presente, já que “o desemprego é sempre um problema para quem está nessa situação“.

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