Programa Consolidar já chegou a 15 empresas. Taxa de execução é de 8,5%

Só sete capitais de risco do Consolidar já investiram em empresas. 3XP Global, ActiveCap, Inter-Risco, Oxy Capital ainda não têm operações. Já foi feito o primeiro investimento de Venture Capital.

Um ano e meio após o lançamento no terreno, o Programa Consolidar já chegou a 15 empresas, nas quais foram investidos 83,1 milhões de euros, colocando a taxa de execução deste programa em 8,5%.

“No contexto da relação de proximidade entre BPF [Banco Português de Fomento] e Sociedades Gestoras selecionadas, estas reportaram a expectativa de que o investimento dos fundos geridos nas empresas se aproxime dos 300 milhões de euros até ao final de junho, demonstrando impacto positivo e significativo destes programas no tecido empresarial português”, avança o BPF em comunicado.

Desde o último balanço feito no final do ano passado, foram mais três as empresas nas quais as capitais de risco fizeram os seus investimentos. Manuel de Castro e Filhos (Palsystems), Plenário Campestre e Uhub Student Residences II receberam 6,57 milhões de euros de investimento privado e 9,82 milhões de euros do Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR).

De sublinhar que apenas sete capitais de risco investiram já em empresas. 3XP Global, ActiveCap, Inter-Risco, Oxy Capital ainda não fizeram qualquer investimento. Este programa arrancou a 29 de setembro de 2022, com 14 capitais de risco, mas o leque foi reduzido para 11. Contudo, a meta continua a ser a mesma: injetar 500 milhões de euros em PME e mid caps até 31 de dezembro de 2025.

O Programa Consolidar prevê que as capitais de risco selecionadas assegurem a subscrição de fundos com uma dotação mínima de 40 milhões de euros cada um, sendo a comparticipação do FdCR, lançado no contexto do PRR, entre 10 e 50 milhões de euros por fundo, e que o investimento nos fundos de capital de risco a subscrever seja acompanhado de investimento privado, com uma comparticipação de, pelo menos, 30% do capital total de cada fundo.

Programa de Venture Capital tem mais duas capitais de risco

O BPF revelou ainda esta terça-feira que contratou mais três capitais de risco no âmbito do Programa de Venture Capital: a Bynd Venture Capital, a Draycott e a Magnify Afterburner Capital Partners, aumentando para 15 o número de sociedades contratadas. Além disso, escolheu mais duas, após uma reafetação de verbas, e já foi feito o primeiro investimento.

Recorde-se que o banco selecionou, em setembro do ano passado, 16 capitais de risco para operacionalizarem o programa de um leque de 44. Mas a lista final acabou por perder, por desistência, a Biovance Capital Parteners, que se propunha investir 60 milhões de euros alavancados com 15,9 milhões do FdCR. Era uma das capitais de risco que se propunha investir mais, a par da Indico Capital Partners, que já foi contratada mas assenta numa percentagem muito menor de capitais próprios (25 milhões de euros contra 35 milhões do FdCR).

Com 400 milhões de euros do Fundo de Capitalização e Resiliência o objetivo é que as capitais de risco escolhidas potenciem um investimento de 652,25 milhões na capitalização de empresas viáveis.

“Estas três novas contratualizações contam com um investimento total de 39,75 milhões de euros do FdCR, estimando-se que possam investir na economia portuguesa cerca de 65 milhões de euros, para fomentar a inovação e a competitividade em áreas chave como as Ciências da Vida, a Eficiência Energética, as Tecnologias de Informação e a Economia Verde, contribuindo ativamente para o crescimento económico do país e para a criação de emprego”, avança em comunicado a instituição liderada por Ana Carvalho e Celeste Hagatong.

Já este ano foram “selecionadas novas sociedades de capital de risco: a Insight Venture e a Vesalius Biocapital IV Partners, que se encontram em processo de contratação”, revela o BPF. Justificando que esta seleção decorre “da reafetação de verbas entretanto tornadas disponíveis” e garantindo que a seleção foi feita “de acordo com a classificação final das candidaturas elegíveis”.

Foi esta classificação que levou a Quadrantis a interpor uma providência cautelar ao Programa de Venture Capital, tal como o ECO avançou. Mas, o banco submeteu, a 5 de março, ao tribunal competente, uma resolução fundamentada na qual “identifica a existência de grave prejuízo para o interesse público que resultaria de qualquer atraso da execução do programa”.

O primeiro investimento no âmbito deste programa deverá realizar-se “no curto prazo”, diz o BPF porque a Oxy Capital fez a primeira chamada de capital de 3,75 milhões de euros. Mas no site do banco é possível ver que o investimento já foi feito a 9 de fevereiro na Crossing Answers, uma empresa de Viseu, no setor das TIC. O investimento global foi de 625 mil euros, dos quais cerca de 267 mil euros do FdCR.

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