Portugal paga mais para emitir 1.500 milhões em dívida a 6 e 12 meses

No leilão de Bilhetes do Tesouro a 12 meses o Estado pagou 3,443%, 16,4 pontos base acima da última emissão. No leilão a 6 meses, a yield ficou nos 3,736%, 7,6 pontos base acima da emissão de janeiro.

O Estado voltou esta quarta-feira ao mercado de dívida para emitir 1.500 milhões de euros por via de dois leilões promovidos pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) a seis e 12 meses, que resultaram num preço de emissão superior ao que o Tesouro pagou em leilões com características semelhantes a 17 de janeiro.

No leilão de Bilhetes do Tesouro a 6 meses, que contou com uma procura 3,55 superior à oferta, o Estado emitiu 500 milhões de euros pelo qual pagou 3,736%, cerca de 7,6 pontos base acima de uma emissão com características semelhantes realizada há dois meses, que contou com uma taxa média de 3,66%.

A operação a 6 meses foi também a emissão de dívida pública de curto prazo realizada pela República com a yield mais elevada dos últimos 10 anos, segundo dados disponíveis no site do IGCP.

No leilão a 12 meses, que teve uma procura 2,13 vezes acima da oferta, o IGCP colocou no mercado 1.000 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro com uma yield de 3,443%, um preço 16,4 pontos base acima da taxa de 3,279% registada no leilão também a 12 meses promovido a 17 de janeiro pela agência liderada por Miguel Martín.

“Continuamos num regime de taxas onde o curto prazo tem prémios de risco superiores ao longo prazo”, refere Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, sublinhando ainda que “os bancos centrais continuam a dar sinais de possíveis cortes de taxas, com o BCE a apontar o próximo para junho”.

(Texto atualizado às 11h15 com declarações de Filipe Silva)

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