Juros em mínimos e bolsa em máximos desde 2015
No dia em que a taxa da dívida a dez anos baixou aquém da fasquia dos 3%, a bolsa portuguesa assegurou o regresso ao máximo desde o final de 2015. Montepio esteve discreto desta vez.
Dia positivo para os investidores no mercado nacional. Ao mesmo tempo em que os juros da dívida desciam para o nível mais baixo desde setembro do ano passado, a bolsa portuguesa mantinha-se em terreno positivo. Desta vez não houve surpresa no Montepio. Ainda assim, Lisboa acompanhou os pares e encerrou ao nível mais elevado desde o final de 2015.
O PSI-20, o principal índice português, ganhou 0,45% para 5.313,59 pontos. Depois de duas sessões em plena evidência, que fez soar os alarmes na CMVM, as unidades de participação da Caixa Económica Montepio Geral tiveram uma sessão com menor protagonismo. Os títulos perderam 0,66% para 0,75 euros.
Ainda assim, com 12 cotadas em alta, Lisboa conseguiu acompanhar os seus pares europeus. Foram destaque ao longo da sessão desta quinta-feira as ações dos CTT, Galp e BCP. A empresa de correios registou a maior valorização no benchmark nacional: subiu 2,4% para 5,55 euros. Já a petrolífera acompanhou as valorizações do barril de ouro negro e encerrou o dia em alta de 0,4% para 13,78 euros. Em relação ao banco liderado por Nuno Amado, o ganho foi de 0,52%.
No mercado da dívida, Portugal tem vindo a centrar atenções internacionais por causa do desempenho dos juros associados às obrigações do Tesouro. A yield implícita nos títulos a dez anos cedeu hoje para um patamar abaixo dos 3%, algo que já não acontecia desde setembro do ano passado. Em cerca de dois meses, evidenciou uma correção de 100 pontos base, depois de ter superado os 4% em março.
Em relação ao comportamento europeu, foi colocado um ponto final a cinco dias no vermelho. Os ganhos em Frankfurt, Paris, Londres e Milão situaram-se entre 0,4% e 0,9%. Já a bolsa de Madrid, que negociou grande parte do dia abaixo da linha de água, acabou o dia com uma valorização de 0,01%.
“Os mercados europeus encerraram em alta, interrompendo assim uma série de cinco dias consecutivos de perdas”, referiram os analistas do BPI, no Comentário de Fecho. “Os principais temas acompanhados pelos investidores foram o comportamento do preço do petróleo e os desenvolvimentos relativamente às eleições no Reino Unido”, acrescentaram.
(Notícia atualizada às 16h50)
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