Popular afunda 18% com presidente sob fogo
Títulos do banco espanhol voltam a afundar-se para mínimos de sempre. Emilio Saracho está sob fogo dos principais acionistas, que reprovam a forma como o presidente está a tentar salvar o Popular.
Pressão dos mercados em torno do Banco Popular. As ações do banco espanhol afundam para um novo mínimo histórico depois de o Crédit Mutuel ter anunciado a sua renuncia como vogal do conselho de administração do banco. E isto antes de uma reunião decisiva com o Banco Central Europeu (BCE).
Os títulos do Popular estiveram a afundar mais de 18% esta manhã para um novo mínimo de sempre perto dos 30 cêntimos. Entretanto, aliviaram as perdas e cedem há momentos 11,14% para 0,367 euros.
A administração de Emilio Saracho está sob fogo. Foram vários os membros do conselho de administração do Popular que manifestaram descontentamento com a forma como o atual presidente do banco está a conduzir o processo para a resolução dos problemas da instituição. “Para isso tínhamos ficado com Ron (anterior CEO)”, disse um dos membros na última assembleia geral, a dia 31 de maio, de acordo com o jornal espanhol Confidencial (conteúdo em espanhol).
Popular em mínimos de sempre
Foi uma das reuniões mais tensas de sempre, adiantaram fontes citadas por aquele jornal, e na qual os representantes dos principais acionistas reprovaram o plano de Saracho para o banco e a sua ação pouco acertada para manter intacta a parte boa do Popular, sobretudo o negócio com as pequenas e médias empresas (PME).
Este descontentamento ficou à vista de todos esta segunda-feira com a renúncia do Banque Féderative du Crédit Mutuel do cargo de vogal do conselho de administração.
A crise no Popular acontece na véspera de uma importante reunião com o BCE. Acontece já esta terça-feira e terá como objetivo a proteção do banco depois da saída em massa de depósitos e da deterioração do crédito. Em vista poderá estar um empréstimo adicional.
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