Margem de refinação da Galp quase duplica face ao trimestre anterior, mas fica 16% abaixo na comparação homóloga
A Galp recupera na margem de refinação nos primeiros três meses deste ano, depois de no trimestre anterior ter afundado. Entre janeiro e março situou-se nos 12 dólares por barril.
A margem de refinação da Galp praticamente duplicou no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o trimestre anterior. Ainda assim, fica aquém do registado no mesmo período do ano passado, de acordo com os dados publicados pela empresa esta segunda-feira.
A margem de refinação entre janeiro e março situou-se nos 12 dólares por barril, quando no trimestre anterior estava nos 6,1 dólares, representando um salto de 95% entre os trimestres. Nos primeiros três meses de 2023, contudo, a margem de refinação encontrava-se nos 14,3 dólares, pelo que no mês passado estava num patamar 16% inferior.
Estes dados servem como uma antevisão daquilo que se poderá esperar para os resultados da empresa, que serão publicados no próximo dia 30 de abril.
No trimestre anterior, a Galp explicava a descida na margem de refinação com “a diminuição dos cracks de produtos petrolíferos internacionais”, ou seja, a diferença entre os preços do crude e dos produtos derivados, “e os efeitos de uma paralisação planeada” entre outubro e novembro, na refinaria de Sines, tendo sido processadas menos matérias-primas. Já este trimestre, a petrolífera não apresenta justificação para o salto.
Em contramão com as margens de produção evoluiu a produção working interest, que caiu 4% entre trimestres e ficou 9% abaixo da registada há um ano, nos 115 mil barris de petróleo ou equivalente por dia.
Já na atividade comercial, o destaque vai para a venda de eletricidade, que disparou 82% face ao período homólogo, atingindo os 1,7 terawatts-hora. Estas vendas ficam também 23% acima do patamar de dezembro. Já as vendas de produtos petrolíferos caíram 5% e as de gás natural subiram 12%.
No segmento das renováveis, a empresa praticamente estagnou na instalação de nova capacidade, subindo 4% face ao mesmo período do ano anterior mas mantendo-se na fasquia dos 1,4 gigawatts, enquanto a geração renovável caiu 10%, para os 404 gigawatts-hora.
O preço obtido por cada megawatt-hora vendido também foi substancialmente inferior, baixando dos 108 euros para os 56 euros, numa altura em que o preço das energias renováveis mostra um alívio alargado no mercado ibérico. No caso da energia solar, a grande aposta da Galp em energia renovável na Península Ibérica, o preço de mercado caiu de 84,4 euros por megawatt-hora para os 31,4 euros por megawatt-hora entre o primeiro trimestre do ano passado e o primeiro trimestre deste ano.
(Notícia atualizada pela última vez às 7h41)
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