Trabalhadores da EDP criticam empresa e ameaçam agudizar protestos
O sindicalista disse que, ainda que haja trabalhadores que receberam 3% de aumentos, “há um conjunto muito grande de quadros superiores que já há uns anos o que tem é zero”.
Os trabalhadores da EDP criticam a postura da empresa nas negociações, ameaçando agudizar os protestos e mantendo a greve que está a decorrer até ao fim do mês, segundo o Sindicato Nacional da Indústria e Energia (Sindel).
Em declarações à Lusa, Rui Miranda, secretário-geral da estrutura sindical, disse que, numa reunião que ocorreu mesta segunda, e na qual o presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, participou, por videoconferência, o gestor “continua a dizer que está aberto ao diálogo, mas que o processo está fechado”.
“Como é que ele está aberto ao diálogo se o processo está completamente fechado?”, questionou. O sindicalista disse que, ainda que haja trabalhadores que receberam 3% de aumentos, “há um conjunto muito grande de quadros superiores que já há uns anos o que tem é zero”, referindo que “esses trabalhadores estão revoltados também”.
Os sindicatos irão agora reunir-se para saber que medidas tomar, com Rui Miranda a garantir que irão manter a greve que está marcada até ao final deste mês. “Vamos continuar, se calhar agudizando as lutas”, rematou.
Os trabalhadores da EDP estão em greve ao trabalho extraordinário desde 1 de dezembro e concentraram-se em Lisboa, no dia 10 de abril, junto à assembleia-geral de acionistas da empresa para mostrar o seu descontentamento ao grupo e reivindicar melhores condições de trabalho.
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