Ex-CEO da Start Campus admite “alívio” com decisão da Relação no caso Influencer
Afonso Salema, que liderou a Start Campus e é arguido na investigação que fez cair o Governo, está aliviado com os últimos desenvolvimentos do processo e diz que o momento agora é de "reconstrução".
O ex-CEO da Start Campus, que é arguido na Operação Influencer, admite “alívio e alegria” depois de ver o Tribunal da Relação de Lisboa decidir contra o Ministério Público e afirmar que “nenhum dos factos adiantados se traduziam em crimes”. Afonso Salema reagiu esta sexta-feira numa mensagem publicada no LinkedIn, dizendo que agora é o momento de se “focar na reconstrução”.
“Os últimos dias têm sido repletos de alívio e alegria! A enorme injustiça e o pesadelo que a minha família e eu temos enfrentado parece estar a encaminhar-se para uma resolução”, escreveu o gestor, que foi responsável pela empresa que está a construir o polémico mega centro de dados em Sines, até apresentar a demissão por ter sido implicado na mesma investigação que fez cair o Governo de António Costa.
“O apoio do setor tem sido fonte de luz nos nossos momentos mais negros. As vossas orações, solidariedade e palavras de conforto têm significado muito para nós. É impossível expressar a minha gratidão na íntegra (vocês sabem quem são!). Infelizmente, tempos difíceis podem revelar o verdadeiro caráter – aqueles que vivem pelos seus valores e aqueles que exploram situações para ganho pessoal. No entanto, é a manifestação de apoio genuíno que fortalece a minha determinação”, continuou Afonso Salema, numa mensagem escrita em inglês.
O ex-líder da Start Campus continua, afirmando que “agora é tempo de focar na reconstrução”, sem elaborar. “Para todos os que se mantiveram firmes connosco, obrigado do fundo do meu coração. Se estiverem em Lisboa na próxima semana, digam — adoraria fazer um brinde para celebrar a resiliência da nossa indústria”, concluiu.
A mensagem de Salema surge dois dias depois de o Tribunal da Relação de Lisboa ter decidido contra o Ministério Público e manter os arguidos da Operação Influencer apenas sujeitos à medida de coação menos gravosa, o Termo de Identidade e Residência. Mas o tribunal vai mais além ao dizer que “nenhum dos factos adiantados” pela investigação “se traduziam em crimes” e não ultrapassam “o desenvolvimento das funções de cada um dos intervenientes, tendo todos eles atuado no âmbito das mesmas”.
O caso, que ficou conhecido por Operação Influencer, levou à constituição como arguidos de Afonso Salema, mas também de Vítor Escária, ex-chefe de gabinete do então primeiro-ministro António Costa, e Diogo Lacerda Machado, consultor da Start Campus e um amigo próximo do primeiro-ministro. O caso investiga como a Start Campus contratou Lacerda Machado para, alegadamente, influenciar o Governo a tomar decisões que eram favoráveis ao data center de Sines.
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