Fidelidade arranca com preparativos para entrar em bolsa em 2025

O grupo segurador já arrancou com o processo para colocar o seu capital em bolsa no próximo ano, correspondendo às expectativas dos acionistas Fosun e Caixa Geral de Depósitos.

A Fidelidade confirma no relatório e contas de 2023 que está a preparar a dispersão do capital em bolsa em 2025. Já iniciou “os trabalhos necessários”, antecipando que “será um processo exigente, que irá mobilizar a nossa energia e pôr à prova a capacidade de execução da organização”, lê-se no relatório.

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Rogério Campos Henriques, CEO da Fidelidade, prepara a entrada da Fidelidade em bolsa, mas antes fará o teste com a Luz Saúde.Hugo Amaral/ECO

“Indo ao encontro das expetativas reiteradamente enunciadas pelos nossos acionistas, iniciaremos também os trabalhos necessários para colocar o capital da Fidelidade em Bolsa em 2025“, afirma a seguradora no Relatório Único Integrado de Gestão, divulgado esta segunda-feira.

“Será um processo exigente que irá mobilizar a nossa energia e pôr à prova a capacidade de execução da organização”, acrescenta a seguradora, detida em 85% pela Fosun e em 15% pela Caixa Geral de Depósitos.

A avançar, a operação seria a segunda a envolver o universo Fidelidade, depois de no passado dia 10 de abril a Luz Saúde, detida em 99% pela seguradora, ter avançado formalmente com um aumento de capital de até 100 milhões de euros através da colocação privada de novas ações junto de investidores institucionais e a admissão das ações à bolsa de Lisboa.

A própria Fidelidade irá vender parte das suas ações na Luz Saúde, mas mantendo a maioria do capital. No relatório e contas, a seguradora afirma que está “a trabalhar para colocar uma percentagem minoritária do capital da Luz Saúde em Bolsa, apenas e quando estiverem reunidas as condições de mercado adequadas”.

Em relação a investimentos para este ano, o relatório revela que o grupo quer continuar a crescer a atividade internacional, que já significa 33% dos negócios da Fidelidade, “quer através do reforço das operações atuais, promovendo maiores sinergias e a melhoria da rentabilidade, quer mediante oportunidades de crescimento que possam surgir”, conclui. O grupo está presente em 12 países da América do Sul, Europa e África.

O Grupo Fidelidade emitiu 5.207 milhões de euros em prémios de seguros em 2023, o que representa um crescimento de 1,7% face ao ano anterior. Daquele montante, 56% é proveniente do ramo Vida.

O resultado líquido aumentou 2,6% para 180,3 milhões de euros. Como resultado técnico, obteve um rácio de combinado de 93,8%, menos 5 pontos que em 2022, indicando uma melhoria da rentabilidade dos seus negócios seguradores. No final de 2023 tinha 17.365 milhões de euros de ativos sob gestão, carteira cujo investimento rendeu 2,7%.

O ativo líquido no final de 2023 era de 20,3 mil milhões de euros e os capitais próprios, excluindo interesses minoritários, de 2,7 mil milhões.

A rentabilidade líquida dos capitais próprios foi de 6,9% no ano passado, mais 0,2 pontos percentuais que um ano antes. Em 2023, o grupo distribuiu dividendos de cerca de 220 milhões de euros aos seus acionistas.

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