Governo exonera provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Além de Ana Jorge, que tomou posse há cerca de um ano, cai também a Mesa da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa: Nuno Miguel Alves, Teresa do Passo, Sérgio Cintra e João Correia.
O Governo exonerou a provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), avançou a Sic Noticias e confirmou o ECO. O despacho será publicado esta segunda-feira ou amanhã e além de Ana Jorge, que assumiu posse há cerca de um ano, cai também a mesa da Santa Casa.
A exoneração é conhecida no dia em que o Público noticiou que o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, liderado por Maria do Rosário Palma Ramalho, exigiu um plano de reestruturação urgente para a SCML, numa altura em que a instituição enfrenta debilidades financeiras. O Governo queria que a provedora apresentasse o plano no espaço de duas semanas, mas Ana Jorge disse que não conseguiria cumprir o prazo.
Com esta decisão do Governo, além de Ana Jorge, caem os restantes membros da administração: Nuno Miguel Alves (vogal), Teresa do Passo (vogal), Sérgio Cintra (vogal) e João Correia (vogal). A vice-presidente Ana Vitória Azevedo já se tinha demitido no final de março. Na carta que enviou à antiga ministra que tutelava a pasta, recusou que lhe fossem imputadas responsabilidades sobre o desastroso projeto de internacionalização dos jogos sociais, segundo o Público. Ana Jorge tinha assumido funções a 1 de maio de 2023, sucedendo a Edmundo Martinho à frente da instituição desde novembro de 2017.
De acordo com o mesmo jornal, depois dos prejuízos de 2021 e 2022, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa terá fechado o exercício de 2023 com resultados líquidos positivos de 10 milhões de euros, mas no primeiro trimestre deste ano terá tido receitas abaixo do orçamentado em mais de 20 milhões de euros.
As contas de 2021 e 2022 sofreram uma correção depois da autoria pedida pelo anterior Governo. De acordo com o novo relatório, o resultado líquido positivo de 10,9 milhões passou para um prejuízo de 12,4 milhões, enquanto os resultados de 2021 sofreram um ajustamento para 39,4 milhões de euros de prejuízos. A penalizar as contas da Santa Casa estão as consequências do processo de internacionalização dos jogos da Santa Casa, cujo prejuízo poderá ascender a 50 milhões de euros. Ao ECO, fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social disse que no dossier de transição não havia informação relacionada com a Santa Casa.
(Notícia atualizada pela última vez às 18h31)
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