Páscoa acelera atividade turística. Receitas superam os 400 milhões de euros em março
Um total de 2,3 milhões de hóspedes gerou proveitos totais de 405,8 milhões de euros em março, 20,1% acima do valor registado há um ano. Os números são do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Depois de uma subida de 13,1% no mês anterior, as receitas do turismo cresceram ainda mais em março, graças ao “impulso” das férias da Páscoa. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a atividade turística registou proveitos totais de 405,8 milhões de euros, mais 20,1% do que em março do ano passado. O aumento foi ainda maior nos proveitos de aposento (+21,1%), que ascenderam a 303,3 milhões de euros.
As receitas cresceram em todas as regiões do país, com os maiores aumentos a ocorrerem no Centro (+37,4% nos proveitos totais e +34,8% nos de aposentos), no Alentejo (+33,0% e +32,2%, respetivamente) e no Oeste e Vale do Tejo (+28,9% e +30,4%, pela mesma ordem).
Não obstante, foi a região da Grande Lisboa que mais contribuiu para o bolo total das receitas do turismo, ao representar 36% dos proveitos totais e 38,2% dos proveitos de aposento. Seguiu-se o Algarve (18,4% e 17,1%, respetivamente) e o Norte (15,8% e 16,2%, na mesma ordem).
Proveitos nos estabelecimentos de alojamento turístico
O gabinete estatístico apresenta também o balanço das receitas relativas ao primeiro trimestre do ano, apontando que, nesse período, os proveitos totais cresceram 15,0%, para 912,7 milhões de euros, e os relativos a aposento aumentaram 15,2%, para 670,5 milhões de euros. Estes valores correspondem, porém, a um abrandamento em relação ao trimestre anterior, em que os aumentos dos proveitos se fixaram nos 15,4% e 16,4%, respetivamente.
Já o rendimento médio por quarto ocupado no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, que em fevereiro tinha abrandado, acelerou 5,6 pontos percentuais no mês de março, para um crescimento homólogo de 11,7%, atingindo 96,9 euros. Os valores mais elevados registaram-se na Grande Lisboa (129,5 euros) e na Madeira (97,1 euros), mas, segundo o INE, verificou-se um crescimento deste indicador em todas as regiões.
O rendimento médio por quarto disponível atingiu 50,1 euros em março, valor 15,2% acima face ao mesmo mês do ano passado, tendo acelerado 10,5 pontos percentuais comparativamente a fevereiro. Também neste indicador a Grande Lisboa (90,6 euros) e a Madeira (71,9 euros) registaram os valores mais altos.
Se se tiver em conta o período entre janeiro e março, o rendimento médio por quarto ocupado teve um crescimento homólogo de 8,9%, para 89,1 euros, e o rendimento médio por quarto disponível atingiu 39,8 euros, mais 9,0% do que há um ano.
Aumento das dormidas justifica crescimento das receitas turísticas
O crescimento das receitas turísticas resulta de um aumento das dormidas — de 12,8% em março, quando se registaram 2,3 milhões de hóspedes e 5,7 milhões de dormidas, e de 7,1% no primeiro trimestre (5,8 milhões de hóspedes e 14,4 milhões de dormidas).
Do total de 5,7 milhões de dormidas registados em março nos estabelecimentos de alojamento turístico, o INE realça que 61,7% concentraram-se em apenas dez municípios, sobretudo devido às dormidas de não residentes. Lisboa surge à cabeça, com 23,2% do total, equivalente a 1,3 milhões de dormidas, seguindo-se o Funchal (515,3 mil dormidas, peso de 9,0%) e o Porto (486 mil dormidas, 8,5% do total).
Ainda assim, destacam-se dois municípios do Algarve: Lagoa, que teve um crescimento homólogo de 45,6%, com contributos expressivos das dormidas de residentes (+35,8%) e de não residentes (+47,5%), e Portimão, que teve uma subida de 19,8% face há um ano, apresentando evoluções das dormidas de residentes e de não residentes (+14,1% e +21,3%, respetivamente) superiores à média nacional (10,3% e 13,8%, na mesma ordem).
Dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico em março
Considerando a generalidade dos meios de alojamento (que inclui, além dos estabelecimentos de alojamento turístico, os parques campismo e as colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 2,4 milhões de hóspedes e 6,1 milhões de dormidas em março. Estes valores correspondem a aumentos homólogos, respetivamente, de 12,2% e 12,9%.
Na globalidade dos estabelecimentos, a estada média foi de 2,52 noites, o que equivale a uma subida de 0,6% face ao mês homólogo (+2,2% nos residentes e -0,9% nos não residentes).
(Notícia atualizada pela última vez às 12h32)
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