Juros portugueses com maior queda em três meses em vésperas de OE
A semana em que Portugal apresenta o Orçamento do Estado começa com um alívio do risco. Os juros associados à dívida a 10 anos regista maior queda em três meses.
A perceção de risco dos investidores em relação a Portugal alivia no arranque de uma das semanas mais decisivas para o próximo ano. O governo apresenta na sexta-feira o Orçamento do Estado para 2017 e, em antecipação à divulgação do documento, os juros associados à dívida portuguesa recuavam em todos os prazos. No caso da yield implícita nas obrigações do Tesouro a 10 anos, a taxa recua mais de 14 pontos base até aos 3,437%, registando a maior queda desde o final de junho, há quase três meses.
Embora as quedas atinjam todos os prazos portugueses, o sentimento na Europa é de algum agravamento do risco. Os juros associados às obrigações alemãs, espanhola e italiana subiam em praticamente todas as maturidades, uma evolução que confere maior destaque às tréguas sentidas no mercado de dívida portuguesa, apesar da “prova de fogo” que será a decisão sobre o rating por parte da DBRS, a única agência que mantém Portugal elegível para as compras do BCE.
A DBRS vai pronunciar-se sobre Portugal a 21 de outubro, uma semana após a apresentação do Orçamento do Estado para 2017. A agência canadiana é a única com um rating de qualidade para a dívida do país, sendo que Mário Centeno está confiante no resultado da revisão.
"Basicamente, a posição que eles têm é de que se sentem muito confortáveis com a nossa situação orçamental que classificam de ‘muito forte’.”
“Obtive comentários muito positivos”, disse o ministro das Finanças, à Bloomberg, após um encontro com a DBRS. “Basicamente, a posição que eles têm é de que se sentem muito confortáveis com a nossa situação orçamental que classificam de ‘muito forte’”, diz.
“Claro que a nossa expectativa é de que eles não irão alterar a sua perspetiva para a nossa dívida, nem a classificação que têm”, acrescentou Centeno. A DBRS atribui um rating de qualidade que permite a Portugal manter-se elegível para o programa de compras do BCE.
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