Vodafone Portugal desiste em definitivo da compra da Nowo

  • ECO
  • 23 Julho 2024

Operadora não vai recorrer do chumbo ao negócio decidido pela Autoridade da Concorrência, abrindo caminho à oferta da Media Capital pela Nowo, que é detida pela espanhola MásMóvil.

Nem recorre aos tribunais nem aciona o recurso extraordinário previsto na lei para levar o processo ao Governo. Três semanas depois de a Autoridade da Concorrência (AdC) ter chumbado em definitivo a compra da Nowo, a Vodafone Portugal anuncia a desistência do negócio.

A notícia foi avançada pelo Jornal de Negócios e confirmada ao ECO por fonte oficial da operadora: “A Vodafone, apesar de discordar, dará cumprimento à decisão final da Autoridade da Concorrência de proibição da compra da Nowo”, que é detida pela espanhola MásMóvil.

A 4 de julho, quase dois anos depois de ter sido anunciada a intenção de compra, a entidade reguladora liderada por Nuno Cunha Rodrigues anunciou que adotou uma decisão final que proíbe esse negócio, por considerar que lesaria a concorrência e prejudicaria os consumidores.

Num longo comunicado, em que apresenta a sua versão da fita do tempo, a AdC explicou como esta concentração entre a Vodafone e a Nowo levaria a “aumentos significativos de preços, reforço do poder de mercado, reforço das barreiras à entrada e reforço das condições de equilíbrio cooperativo da indústria”.

A desistência definitiva por parte da Vodafone abre caminho à Media Capital, que está a negociar a compra a Nowo. Como o ECO avançou na segunda-feira, a dona da TVI e da CNN Portugal, que tem Mário Ferreira como acionista, está já em contacto com os reguladores, estando neste momento a proceder à due diligence para anunciar o negócio, provavelmente em agosto.

Entretanto, numa nota enviada à CMVM, a Media Capital disse estar “atenta às movimentações do mercado e disponível para analisar eventuais oportunidades de negócio que possam surgir”. “Não existe, contudo, nesta data, informação relativamente à concretização de um negócio que tenha caráter preciso e que deva, nos termos da legislação aplicável, ser divulgada ao mercado”, acrescentou a empresa, que nos primeiros seis meses deste ano registou prejuízos de 2,67 milhões de euros.

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