Trabalhadores portugueses querem viagens de trabalho mais flexíveis e amigas do ambiente

Um novo estudo mostra que "os portugueses estão a bater o pé" e a exigir mais flexibilidade nas viagens de trabalho. Aliás, 28% recusariam deslocações se não pudessem adaptar a política da empresa.

As viagens de negócios são vistas como fundamentais pelos trabalhadores portugueses, mas estes estão hoje “mais exigentes”, no que diz respeito à flexibilidade dessas deslocações e ao seu impacto ambiental. O retrato é traçado esta terça-feira num novo estudo da SAP Concur, que ouviu quase quatro mil profissionais de 24 países (incluindo Portugal).

Os viajantes portugueses estão a bater o pé. No total, 31% recusariam uma viagem devido a falta de flexibilidade para se adaptarem fora da política da empresa”, é sublinhado no novo estudo.

Esta afirmação contrasta, contudo, com as políticas que têm sido adotadas pelos empregadores: 24% dos trabalhadores portugueses inquiridos confessaram que viram a sua flexibilidade cortada no que diz respeito à adição de deslocações pessoais a viagens de negócios. E 40% dos profissionais acreditam que a sua empresa dá prioridade à redução dos custos das viagens em detrimento da necessidade de opções mais flexíveis.

Assim, a SAP Concur comenta que os portugueses consideram as viagens de negócios fundamentais para a sua carreira (68% dos inquiridos identificaram-no), mas “discordam das empresas onde trabalham”.

Além da flexibilidade, o impacto ambiental está também na mente dos profissionais portugueses, com 21% dos inquiridos a deixar claro que recusariam uma destas deslocações por esse momento.

Por outro lado, apesar de considerarem estas viagens essenciais, um “número alarmante” de portugueses adianta que “sem sempre teve as mesmas oportunidades” em comparação com os seus colegas, especialmente devido ao nível de antiguidade, idade ou devido ao facto de ser pai ou mãe, destaca o mesmo estudo.

Outro dado relevante é que dois terços (66%) dos trabalhadores portugueses referem que a sua empresa se concentra cada vez mais na aprovação prévia das viagens, “incluindo quase um terço (32%) que viram esta medida ser implementada para todas as viagens”.

Já quanto à utilização de tecnologia para melhorar essas viagens, o estudo agora conhecido revela que, ainda que 93% dos trabalhadores inquiridos considerem utilizar Inteligência Artificial para reservar as suas deslocações de negócios, só 9% se sentem confortáveis a fazê-lo.

“Uma grande maioria (88%) necessita de apoio fornecido pela empresa para se sentir confortável com a utilização de opções baseadas em Inteligência Artificial para reservas“, remata a SAP Concur.

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