Número de desempregados inscritos no IEFP sobe mais de 7% em julho
Número de desempregados inscritos no IEFP aumentou 7,3% face a julho de 2023, ultrapassando a fasquia dos 305 mil indivíduos. Em cadeia também houve uma subida, mas muito ligeira.
O número de desempregados inscritos nos centros do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) voltou a crescer em termos homólogos. De acordo com os dados divulgados esta terça-feira, julho foi sinónimo de uma subida de 7,3% face ao registado no mesmo mês de 2023. Estão inscritos, por isso, neste momento, cerca de 305 mil desempregados.
“No fim do mês de julho de 2024, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 305.139 indivíduos desempregados. O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2023 (+20.809; +7,3%)“, informa o IEFP numa nota publicada esta manhã.
Também face a junho houve um aumento, mas muito ligeiro: 0,1%. Ainda assim, é de notar que há vários meses que o desemprego registado estava a recuar em cadeia, pelo que tal subida, embora pequena, vem interromper a trajetória descendente, como mostra o gráfico abaixo.
Importa destacar também que nem todas as regiões do país estão a ver o mercado de trabalho evoluir da mesma forma. Nos Açores e na Madeira, julho trouxe recuos homólogos do desemprego registado (9,9% e 11,3%, respetivamente), enquanto nas demais regiões a tendência foi a inversa, com o Algarve a liderar os aumentos (17,1%).
Já em cadeia o Algarve destacou-me como a exceção à regra, isto é, foi a única região onde o número de desempregados inscritos no IEFP recuo (7%) entre junho e julho.
Quanto às diferenças entre setores, os dados agora divulgados permitem perceber que em julho o desemprego registado aumentou, em termos homólogos, 6,5% na agricultura, 12,3% no setor secundário e 7,5% no setor terciário.
Ou seja, a indústria liderou os aumentos, o que não espanta, tendo em conta que tem sido dos setores mais afetados pelo abrandamento das economias, o que prejudica as exportações. Também por essa razão este tem sido o setor mais afetado por despedimentos coletivos, conforme escreveu recentemente o ECO.
Por fim, destaque para as ofertas de emprego por satisfazer: em julho totalizavam 12.178, menos 26,5% do que há um ano e menos 5,9% do que no mês anterior.
(Notícia atualizada às 10h56)
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