IPMA: Não terá sido raio a causar incêndio de Pedrógão Grande
O IPMA diz que não há provas de que tenha sido uma descarga elétrica a causar o incêndio de Pedrógão Grande. Esta é uma das conclusões do relatório do IPMA requerido por Costa.
Não há provas de que tenha sido uma descarga elétrica a causar o incêndio de Pedrógão Grande. Esta é uma das conclusões a retirar do novo relatório do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) sobre o incêndio de Pedrógão Grande, que deflagrou no passado dia 17 de junho, e que já está nas mãos de António Costa.
“Uma vez que a eficiência da rede é de cerca de 95% para as descargas nuvem-solo, podemos concluir que existe uma probabilidade baixa (mas não nula) da ocorrência de uma descarga nuvem-solo na proximidade do local de deflagração do incêndio”, refere o presidente do IPMA numa carta que acompanha o relatório sobre as condições metereológicas associadas ao incêndio de Pedrógão Grande, no qual morreram 64 pessoas.
No relatório, com 120 páginas, o presidente do IPMA, Jorge Miguel Miranda diz ter procurado “ser tão completo quanto possível”.
Em declarações à TSF, Jorge Miguel Miranda adianta que: “o que mostramos agora de uma forma, que julgo exaustiva, é que do ponto de vista da nossa rede, mesmo depois de termos pedido até apoio a colegas de redes internacionais, não existe evidência meteorológica dessa deflagração por descarga elétrica”.
"o que mostramos agora de uma forma, que julgo exaustiva, é que do ponto de vista da nossa rede, mesmo depois de termos pedido até apoio a colegas de redes internacionais, não existe evidência meteorológica dessa deflagração por descarga elétrica””
Ainda assim, Jorge Miguel Miranda faz a ressalva: “não quer dizer que não tenha existido, porque existem fenómenos menos vulgares que podem dar origem a situações de descargas elétricas atmosféricas que não são apanhadas pela rede”.
Nas declarações que prestou à TSF, o presidente do IPMA admite que o documento “pode conter pequenas incorreções. Foi tudo feito com muita pressão“. Até porque acrescenta: “era nosso dever apresentar os dados o mais rapidamente possível. Até porque há outros peritos que precisam deles para trabalhar”.
"pode conter pequenas incorreções. Foi tudo feito com muita pressão”
O IPMA tem agendada uma conferência de imprensa para a próxima quarta-feira para esclarecer dúvidas sobre este relatório.
Já o Expresso avança este domingo que o raio causador do incêndio não terá caído numa árvore, mas sim num posto de transformação das linhas de média tensão, sendo depois conduzido pelos cabos até onde o fogo começou, na zona de Escalos Fundeiros.
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