Apesar de ser arguido, REN mantém João Faria Conceição como administrador
O Conselho de Administração da REN decidiu manter João Faria Conceição como administrador e membro da comissão executiva, após ter sido acusado de corrupção no caso EDP/CMEC.
A REN – Redes Energéticas Nacionais decidiu manter João Faria Conceição como administrador e membro da comissão executiva, lê-se em comunicado da CMVM. A decisão surge após o administrador ter sido acusado por um crime de corrupção no processo EDP/CMEC.
“Na sequência da acusação deduzida pelo Ministério Público contra o Senhor Eng. João Faria Conceição […], a REN comunica que, após deliberação do seu Conselho de Administração, suportada numa opinião da Comissão de Ética e Governo Societário, é entendimento do Conselho de Administração que a referida acusação não afeta a capacidade […] para continuar a desempenhar as suas funções“, lê-se na nota.
No final de outubro, João Faria Conceição juntamente com António Mexia, João Manso Neto, Manuel Pinho e Miguel Barreto foram acusados de corrupção, no âmbito do processo dos CMEC/EDP. No caso concreto, João Faria Conceição, ex-assessor do ministro Manuel Pinho no Ministério da Economia, foi acusado de um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.
António Mexia e João Manso Neto foram acusados pelo Ministério Público de terem corrompido Manuel Pinho, ex-ministro socialista da Economia, para obter 840 milhões de euros de benefícios ara a EDP.
De acordo com a acusação, os factos ocorreram entre 2006 e 2014 e relacionam-se com a transição dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE) para os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), designadamente com a sobrevalorização dos valores dos CMEC, bem como com a entrega das barragens de Alqueva e Pedrógão à Eletricidade de Portugal (EDP) sem concurso público e ainda com o pagamento pela EDP da ida de um ex-ministro para a Universidade de Columbia dar aulas.
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