Associação Mutualista lança OPA para tirar Montepio de bolsa
A dona do Montepio, a Associação Mutualista, lançou uma Oferta Pública de Aquisição sobre as unidades de participação que não detém. A contrapartida é de um euro por cada unidade.
A Associação Mutualista Montepio Geral vai tirar o Montepio de bolsa. A entidade liderada por Tomás Correia lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) para ficar com as unidades de participação que ainda não detém, de acordo com um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A contrapartida é de um euro por cada unidade.
“Torna-se pública a decisão de lançamento pelo Montepio Geral – Associação Mutualista, de oferta pública geral e voluntária de aquisição das unidades de participação representativas do Fundo de Participação da Caixa Económica Montepio Geral”, lê-se no comunicado enviado ao regulador.
A Associação Mutualista vai pagar um euro por cada unidade de participação, o que avalia esta oferta em mais de 100 milhões de euros, refere a associação liderada por Tomás Correia. O valor que a entidade oferece por cada unidade do banco é igual ao valor a que estes títulos foram vendidos numa primeira fase a investidores de retalho. Ou seja, pequenos investidores que compraram estas unidades nos balcões do Montepio.
Foi em dezembro de 2013 que as unidades de participação do banco Montepio começaram a negociar em bolsa. Os 23.916 pequenos investidores deram um euro por cada título — a maioria comprou até mil unidades, mas mais de 200 aplicaram mais de 100 mil euros. As unidades encerraram a sessão desta terça-feira nos 49,7 cêntimos. Por isso, uma vez que a Associação paga um euro por cada uma, o prémio é superior a 100%.
OPA é aposta no banco social
Este anúncio acontece depois de a Caixa Económica Montepio Geral ter realizado um aumento de capital de 250 milhões de euros, totalmente subscrito pelo único acionista, a Associação Mutualista, “para acabar com as dúvidas”, afirmou José Félix Morgado ao ECO. E também após a dona do Montepio e a Santa Casa da Misericórdia terem assinado um memorando de entendimento. Acordo que vai permitir a entrada da entidade liderada por Pedro Santana Lopes no capital do banco.
Segundo o comunicado enviado esta sexta-feira à CMVM, “o objetivo último do Oferente é assegurar que, na sequência da referida transformação da Entidade Visada em sociedade anónima, o capital social da CEMG venha a ser detido, na maior extensão possível, por entidades da economia social”.
“Trata-se de uma medida fundamental para que, após a sua transformação em sociedade anónima, o capital social da CEMG venha a ser detido, na maior extensão possível, por entidades da economia social. É um importante passo para dar corpo à estratégia de tornar a CEMG na Instituição Financeira da Economia Social, podendo assim contribuir ativamente para o desenvolvimento do nosso país”, refere o presidente da Associação Mutualista, Tomás Correia, num comunicado.
(Atualizado às 20h15 com mais detalhes)
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