Tomás Correia: Montepio está “sólido” e “aberto às instituições sociais”
O presidente da Associação Mutualista Montepio Geral deixa aberta a porta à entrada de outras "instituições sociais" num banco "estável e sólido".
A Associação Mutualista Montepio Geral (MGAM) injetou mais 250 milhões de euros no Montepio antes da abertura do capital da instituição liderada por Félix Morgado a outros investidores. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa assinou um memorando de entendimento que a levará a entrar no capital do banco, mas António Tomás Correia deixa aberta a porta à entrada de outras “instituições sociais” num banco “estável e sólido”.
A MGAM reforçou, sozinha, o capital do banco, tal como já o tinha feito há alguns anos, isto depois da venda de unidades de participação a pequenos investidores. Foram mais 250 milhões que elevaram o capital para mais de dois mil milhões de euros, dinheiro este pertencente à Associação que conta com mais de 600 mil associados.
A CEMG está dotada dos meios necessários para o desenvolvimento da sua atividade, de forma estável e sólida.
“É uma iniciativa leal aos nossos princípios”, diz Tomás Correia relativamente ao novo aumento capital. “Ao longo de todos os anos da mais profunda crise financeira das nossas gerações, o Montepio prova a sua solidez, através dos seus próprios meios, sem necessidade de recorrer a ajudas públicas e, portanto, não onerando o contribuinte”, salienta em comunicado.
Com esta operação, “a CEMG está dotada dos meios necessários para o desenvolvimento da sua atividade, de forma estável e sólida“. O banco tinha encerrado o último exercício anual com prejuízos, mas conseguiu regressar a lucros no primeiro trimestre (11 milhões de euros). No entanto, os rácios de capital continuaram a degradar-se desde então.
Após este reforço de capital, e depois de anunciada a parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (embora não se sabendo ainda que participação poderá ter no capital), o presidente da associação diz que o Montepio está aberto a outros investidores. “O projeto estratégico de transformação da CEMG na Instituição Financeira Nacional da Economia Social está aberto às instituições sociais que, livremente, nela pretendam participar”, refere. O banco está em processo de passagem a sociedade anónima.
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