Tomás Correia: “OPA serve para transformar Montepio num banco social”
A Associação Mutualista vai tirar o banco de bolsa. A medida, diz o presidente, é vital para "dar corpo à estratégia de tornar a CEMG na Instituição Financeira da Economia Social".
O Montepio vai sair de bolsa. Depois de entrar no mercado de capitais e no final de 2013, as unidades de participação são agora alvo de uma OPA a um preço de um euro, operação que visa “dar corpo à estratégia de tornar a CEMG [Caixa Económica Montepio Geral] na Instituição Financeira da Economia Social”, refere Tomás Correia, presidente da Associação Mutualista Montepio Geral.
“Trata-se de uma medida fundamental para que, após a sua transformação em sociedade anónima, o capital social da CEMG venha a ser detido, na maior extensão possível, por entidades da economia social. É um importante passo para dar corpo à estratégia de tornar a CEMG na Instituição Financeira da Economia Social, podendo assim contribuir ativamente para o desenvolvimento do nosso país”, refere em comunicado.
A Associação Mutualista anunciou no final da semana passada uma parceria com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. No entanto, à data, Tomás Correia disse que o Montepio estava aberto a outros investidores. “O projeto estratégico de transformação da CEMG na Instituição Financeira Nacional da Economia Social está aberto às instituições sociais que, livremente, nela pretendam participar”, notou.
É um importante passo para dar corpo à estratégia de tornar a CEMG na Instituição Financeira da Economia Social, podendo assim contribuir ativamente para o desenvolvimento do nosso país.
Santana Lopes, o Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, salientou que a SCML só participará num processo estratégico, amplo, de todo o setor social, não aparecerá sozinha individualmente em nada”. “Se nisso estiver incluído uma participação de todos numa entidade financeira, muito bem, só no âmbito desse processo é que se poderá pôr a hipótese de participação da Santa Casa”, destacou.
Este acordo foi seguido do anúncio de um aumento de capital, havendo agora a OPA. A MGAM reforçou, sozinha, o capital do banco, tal como já o tinha feito há alguns anos, isto depois da venda de unidades de participação a pequenos investidores. Foram mais 250 milhões que elevaram o capital para mais de dois mil milhões de euros, dinheiro este pertencente à Associação que conta com mais de 600 mil associados.
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