Eurodeputados pedem que investimento no combate aos fogos não conte para o défice
Uma política florestal europeia, um quadro financeiro apropriado à prevenção de catástrofes e a não contabilização dos investimentos na prevenção dos fogos no défice pedem os eurodeputados.
Os eurodeputados portugueses pediram à Comissão Europeia para que os investimentos na prevenção e combate aos incêndios não contem para o défice, revela a Antena 1. que acompanhou o debate esta manhã no Parlamento Europeu sobre os fogos florestais em Portugal e Espanha.
“Precisamos de uma política florestal europeia adaptada às necessidades de cada país, sobretudo os países do sul da Europa, os mais afetados pelas alterações climáticas e os que menos contribuem para o agravamento do seu fenómeno”, sublinhou Nuno Melo do CDS.
"Precisamos de uma política florestal europeia adaptada às necessidades de cada país.”
Já o eurodeputado social-democrata, Fernando Ruas, sublinha a importância da ajuda dos fundos europeus neste dossier. Uma ajuda que a Comissão Europeia pode dar “através da negociação dos acordos de parceria, nomeadamente dos fundos estruturais ou mesmo através do Plano Juncker“. Fernando Ruas defendeu ainda que a Comissão “pode promover uma maior coordenação e coerência das políticas florestais bem como permitir sinergias com outros setores ligados à gestão florestal ou mesmo às tecnologias de informação”.
O comissário europeu da Ajuda Humanitária, Christos Stylianides, considera que é necessário apostar mais na prevenção. Os eurodeputados portugueses concordam, mas também apontam o dedo à Comissão que já deveria ter feito mais. “Está para aprovação à criação de um quadro financeiro apropriado à prevenção de catástrofes, capaz de financiar ações em domínios como o ordenamento florestal ou a manutenção da atividade agrícola em áreas afetadas pelo despovoamento”, sublinhou o eurodeputado comunista João Ferreira.
"Está para aprovação à criação de um quadro financeiro apropriado à prevenção de catástrofes, capaz de financiar ações em domínios como o ordenamento florestal ou a manutenção da atividade agrícola em áreas afetadas pelo despovoamento.”
Por seu lado, a eurodeputada Marisa Matias lembra que, “em Portugal, a medida mais urgente em matéria de incêndios é fazer o cadastro floresta”. “Está a Comissão disponível para que o Governo português realize uma despesa extraordinária neste âmbito com o máximo de comparticipação possível? Está a Comissão disponível para que essa despesa extraordinária não seja contabilizada para o défice?”, questionou.
"Está a Comissão disponível para que essa despesa extraordinária não seja contabilizada para o défice?”
A pergunta ficou sem resposta por parte do comissário europeu e lembrou que Portugal tem beneficiado de fundos e de apoios para esse efeito. Christos Stylianides considerou ainda que houve uma resposta solidária rápida da União Europeia a Portugal.
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