Bruxelas ouve setor para propor União da Poupança e Investimento no primeiro trimestre

  • Lusa
  • 14:48

O objetivo da Comissão é recolher "recolher opiniões, factos e elementos" e "identificar os desafios significativos que a União da Poupança e dos Investimentos deve enfrentar".

A Comissão Europeia lançou esta segunda-feira uma consulta para ouvir consumidores, empresas, sociedade civil e as autoridades dos Estados-membros da União Europeia (UE) para avançar, no primeiro trimestre deste ano, com uma proposta para União da Poupança e Investimento.

“A Comissão lançou um convite à apresentação de provas para recolher contributos sobre a sua abordagem global da União da Poupança e do Investimento. O objetivo é recolher opiniões, factos e elementos de prova dos consumidores e das partes interessadas sobre os progressos realizados na União dos Mercados de Capitais, bem como identificar os desafios significativos que a União da Poupança e dos Investimentos deve enfrentar“, indica a instituição em comunicado.

Citada na nota, a comissária europeia responsável pela tutela dos Serviços Financeiros e pela União da Poupança e do Investimentos, a portuguesa Maria Luís Albuquerque, vinca que “a escala de investimento necessária para garantir a competitividade da UE e, ao mesmo tempo, fazer face às transições limpa e digital é enorme”.

“Para sermos bem-sucedidos, precisamos de um mercado de capitais e de um setor bancário que funcionem bem, sejam eficientes e profundamente integrados e que reúnam aforradores, investidores institucionais e empresas. A minha visão é simples: quero que os aforradores europeus obtenham um rendimento justo face às suas poupanças e quero que as empresas e os inovadores europeus tenham acesso ao financiamento de que necessitam para fazer avançar a nossa economia”, adiantou Maria Luís Albuquerque.

A consulta às partes interessadas decorre no portal “Dê a sua opinião” da Comissão Europeia.

O anúncio surge depois de, na passada quarta-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ter considerado que a comissária europeia portuguesa, Maria Luís Albuquerque, será “a principal interveniente” e “a pessoa certa” para a criação de União da Poupança e do Investimento, para aumentar a competitividade europeia.

Esta União da Poupança e do Investimento é uma das iniciativas da “Bússola para a Competitividade”, estratégia apresentada na passada quarta-feira e que prevê um foco na inovação, descarbonização e segurança, prioridades que vão orientar estes cinco anos do segundo mandato de Ursula von der Leyen à frente da instituição.

Num contexto de tensões geopolíticas e de transição política norte-americana, Von der Leyen quer apostar na competitividade económica comunitária, razão pela qual já chamou a esta uma Comissão de Investimento e incumbiu a comissária europeia portuguesa de mobilizar um montante substancial de capital na UE, nomeadamente privado.

Isso mesmo está expresso na “Bússola para a Competitividade”, que indica que a Comissão Europeia apresentará, no primeiro trimestre deste ano, “uma estratégia para uma União da Poupança e do Investimento, seguida de um conjunto de propostas específicas, para permitir a criação de riqueza para os cidadãos da UE e mobilizar capital para projetos realizados na Europa”.

“A UE deve integrar e dispor de mercados de capitais mais profundos e mais líquidos, como medida necessária para mobilizar os recursos do setor privado e orientá-los para setores de crescimento orientados para o futuro”, argumenta-se.

Além disso, “é igualmente necessário estimular uma maior apetência para a assunção de riscos por parte dos investidores privados, utilizando os fundos públicos como âncora”, lê-se ainda.

A presidente da Comissão Europeia propôs, na estratégia da “Bússola para a competitividade”, a simplificação administrativa, a eliminação de barreiras de acesso ao mercado e dar financiamento para a UE ‘ganhar’ aos Estados Unidos e China.

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