Desemprego: número de subsídios baixa do patamar dos 200 mil
É o valor mais baixo em quase 15 anos. Número de beneficiários de prestações de desemprego voltou a cair, e já está abaixo dos 200 mil.
O número de beneficiários de prestações de desemprego tem vindo a cair e já baixou a fasquia dos 200 mil. Em junho, a Segurança Social pagou subsídio a 191.307 pessoas, batendo um novo mínimo: já é preciso recuar a setembro de 2002 para encontrar um valor mais baixo.
Os dados foram atualizados esta quinta-feira. Os cerca de 191 mil beneficiários de prestações representam uma descida mensal de 4,7% e homóloga de 13,4%. Este valor integra vários tipos de prestações de desemprego associadas a trabalhadores por conta de outrem, incluindo apoios de cariz social atribuídos a pessoas inseridas em agregados de rendimentos reduzidos que não descontaram tempo suficiente para aceder ao subsídio ou que já esgotaram esta prestação. E também conta com os beneficiários da medida extraordinária de apoio aos desempregados — 3.233 em junho.
A par destes dados, também o número de desempregados tem vindo a cair. Os dados mais recentes do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) apontam para 418,2 mil desempregados inscritos nos centros de emprego no final de junho, o valor mais baixo desde final de 2008. O registo no IEFP é um dos requisitos para aceder a prestações de desemprego: cruzando os dados, é possível perceber que só cerca de 46% dos desempregados inscritos recebia subsídio.
Porém, o universo de desempregados não se esgota nos registos do IEFP. Olhando para os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), neste caso referentes a abril, a população desempregada foi estimada em 490,7 mil pessoas — para maio, os valores provisórios, sujeitos a alterações, já apontam para 484,8 mil desempregados.
As boas notícias no que toca ao recuo do desemprego são acompanhadas por sinais positivos na economia: a Comissão Europeia acredita que a retoma do crescimento está apoiada por fatores estruturais — o “regresso do investimento” e o “boom do turismo”, como disse Pierre Moscovici — e o país deverá crescer mais de 2,5% em 2017.
Valor médio do subsídio sobe
Em junho, os beneficiários de subsídio de desemprego (excluindo os sociais) com prestações de valor mais reduzido ficaram protegidos, pelo menos parcialmente, do corte de 10%, o que significa que houve pessoas a receber mais.
De acordo com os dados da Segurança Social, o valor médio dos vários tipos de prestações aumentou para 462,08 euros nesse mês (contra 451,31 em maio), o valor mais alto desde final de 2014 — a informação não desagrega, porém, o caso concreto do subsídio de desemprego.
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