Quantas vítimas em Pedrógão? PSD e Bloco querem saber os números
Expresso noticia esta sábado que houve pelo menos 65 mortos no incêndio de Pedrógão Grande, contra a contagem oficial de 64. Tanto PSD como Bloco de Esquerda querem conhecer a dimensão da tradégia.
O PSD exige que o Governo divulgue a lista de mortos no incêndio de há um mês de Pedrógão Grande e que explique que critérios determinaram a constituição dessa lista de vítimas. Também o Bloco de Esquerda defendeu que “o país tem de conhecer exatamente a dimensão da tragédia” do incêndio de Pedrógão Grande.
Os dois partidos reagiam à notícia do jornal Expresso, que releva este sábado que houve pelo menos 65 mortos no incêndio de Pedrógão Grande, enquanto os números oficiais têm apontado sempre para 64 vítimas mortais.
Face a esta notícia, a vice-presidente do PSD Teresa Morais entende que o Governo tem o dever de prestar um esclarecimento público. “O PSD não tem suspeitas, não especula, não tem, nem tem de ter. Apenas exige ao Governo que, perante uma notícia que adensa dúvidas e preocupações na sociedade portuguesa, esclareça esta situação”, afirmou Teresa Morais.
Para o PSD, “está na hora de ser divulgada a lista oficial de nomes das vítimas” do incêndio em Pedrógão Grande, bem como dos critérios para a constituição dessa lista. “Não pode haver por parte do Governo uma gestão política da informação acerca do que aconteceu, como não pode haver por parte dos partidos em geral um objetivo de especulação ou atitude de combate político. Não é isso que pretendemos”, ressalvou.
"O PSD não tem suspeitas, não especula, não tem, nem tem de ter. Apenas exige ao Governo que, perante uma notícia que adensa dúvidas e preocupações na sociedade portuguesa, esclareça esta situação.”
Por seu turno, Catarina Martins considerou que “o país tem de conhecer exatamente a dimensão da tragédia”. “É um caso, mas todos os casos são igualmente importantes”, afirmou a coordenadora do Bloco de Esquerda, em Valongo, distrito do Porto.
Para Catarina Martins, que classificou a notícia como “perturbadora”, a senhora “não estaria contabilizada, mas é na mesma vítima daquela tragédia”. “Todas as pessoas têm de ser respeitadas no que aconteceu. Existir um caso significa que há alguma coisa que não está bem feita”, disse, acrescentando ser essencial ouvir as populações afetadas pelo incêndio no âmbito da investigação que está a decorrer.
A coordenadora do BE frisou que “nenhuma” pessoa que estava naquela circunstância “pode deixar de ser lembrada”.
"O país tem de conhecer exatamente a dimensão da tragédia. É um caso, mas todos os casos são igualmente importantes.”
O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.
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