Angola e rescisões atiram prejuízos do BPI para 102 milhões
O banco liderado por Pablo Forero fechou os primeiros seis meses do ano com um prejuízo de 102 milhões de euros. Este resultado fica aquém das expectativas dos analistas do CaixaBI.
O BPI registou um prejuízo de 102 milhões de euros no primeiro semestre do ano, anunciou o banco em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Venda de BFA e programa de rescisões são as justificações da instituição para as perdas.
Os resultados negativos resultaram dos impactos não recorrentes de 290 milhões de euros: 212 milhões da venda e desconsolidação do BFA e 77 milhões de euros com o programa de rescisões e reformas antecipadas voluntárias. Este resultado fica aquém das expectativas dos analistas do CaixaBI, cujas estimativas apontavam para um prejuízo de 47 milhões no primeiro semestre.
Sem este efeito extraordinário, o banco teria tido lucros de 188 milhões de euros, adianta o BPI em comunicado.
Os recursos totais dos clientes cresceram 4,7% para 34.523 milhões de euros. As imparidades desceram para 16,6 milhões de euros, uma correção de 0,15% nos primeiros seis meses do ano.
A margem financeira cifrou-se nos 200 milhões de euros, uma descida face aos 203 milhões de euros registados em igual período do ano anterior. O BPI adianta que “a margem financeira cai ligeiramente no 2º trimestre de 2017, penalizada pelo custo da dívida subordinada emitida em março de 2017”. A dívida subordinada teve um custo de 4 milhões de euros no período em análise.
Por seu turno, o produto bancário caiu de 366 milhões de euros para 289 milhões, devido sobretudo à desconsolidação do BFA. Os custos de estrutura cresceram de 257 milhões de euros para 339 milhões de euros. Este valor reflete os custos com o programa de rescisões voluntárias.
O BPI acordou este semestre a saída de 617 colaboradores, representando 11% do quadro inicial. Destes, 544 pessoas deixam o banco em 2017 e 73 em 2018. Com estas saídas, o BPI estima uma poupança anual de 36 milhões de euros, a partir de 2019 (inclusive).
Em termos de rácios de liquidez, o Common Equity Tier 1 fully loaded é de 10,9%, um CET1 regulatório de 11,9% e um rácio de capital total de 13,3%.
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