Governo diz que “dificuldades técnicas” podem atrasar fim do subsídio em duodécimos

  • Marta Santos Silva e Lusa
  • 12 Outubro 2016

O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado diz que os problemas informáticos são "uma falsa questão" e tenciona voltar a negociar o assunto.

A presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, disse hoje que a objeção apresentada pelo Governo para o regresso ao pagamento por inteiro do subsídio de Natal se prende com “dificuldades técnicas”.

“Foi dito pelo Governo que será difícil que em janeiro se deixe de fazer o pagamento em duodécimos (…) porque será complicado fazer a alteração do sistema informáticos numa administração pública que é vasta”, disse Helena Rodrigues aos jornalistas no final da primeira reunião de negociação geral na Função Pública. O STE considera que as “dificuldades técnicas” apresentadas pelo Governo são “uma falsa questão”, uma vez que poderão ser contornadas e irá insistir neste assunto na próxima reunião negocial, que decorrerá na próxima semana.

A estrutura sindical defende que o pagamento por inteiro ou em duodécimos do subsídio de Natal deve ser uma opção do trabalhador. O subsídio de Natal deixou de ser pago aos funcionários públicos em novembro/dezembro e é, desde 2013, pago em duodécimos distribuídos pelos 12 meses do ano.

Helena Rodrigues considera ainda que o Governo mostrou abertura para negociar a atualização das pensões e dos salários no próximo ano, afirmando que este assunto não está ainda fechado. “A nossa proposta, de atualização nominal de 2%, é perfeitamente razoável”, disse Helena Rodrigues, uma vez que, tendo em conta a inflação estimada para o próximo ano, o valor da “atualização ficará abaixo do 1%”.

Do lado da Frente Comum, união de sindicatos da Administração Pública ligada à CGTP, a dirigente Ana Avoila saiu sem novidades da reunião com o Governo da manhã de quarta-feira. “O que eles disseram foi uma coisa muito simples: o Orçamento do Estado vai ser apresentado sexta-feira, e até lá estão a ver o que é possível apresentar em termos de propostas”, contou ao ECO. Um novo encontro foi marcado para dia 21 de setembro, no qual Ana Avoila espera poder debater as propostas concretas da Frente Comum, visto que desta reunião, afirma: “não trouxemos nada”.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa.

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