Pyongyang abala bolsas. Investidores procuram refúgio
Os mercados acionistas continuam a ser penalizados pelo escalar das tensões geopolíticas entre a Coreia do Norte e os EUA. Enquanto as bolsas caem, as moedas valorizaram. O ouro brilha.
As bolsas continuam em queda. Os mercados acionistas europeus estão a acentuar a tendência negativa, penalizados pela crescente tensão entre a Coreia do Norte e os EUA. Os receios com o nuclear estão a afastar os investidores dos ativos de risco, levando-os a procurarem refúgio nas moedas, mas também no ouro que está cada vez mais perto dos 1.300 dólares por onça.
As principais praças bolsistas do Velho Continente dão seguimento às perdas das pares asiáticas, com o Stoxx Europe 600 a recuar pela segunda sessão consecutiva, até mínimos de abril. O índice que agrega as 600 maiores capitalizações bolsistas europeias recua 0,44%, para os 378,15 pontos. A praça lisboeta acompanha o sentimento dos pares europeus, com o PSI-20 a registar perdas próximas das verificadas no resto da Europa. O índice bolsista luso desvaloriza 0,34%, para os 5.234,25 pontos, com a maioria dos seus títulos no vermelho. Entre os títulos que mais pesam estão a Jerónimo Martins, o BCP e a EDP.
Ao mesmo tempo que os investidores preferem dar um passo atrás nos mercados acionistas, estão a procurar refúgio junto dos ativos considerados como portos mais seguros em ambientes de instabilidade como aquele que se vive atualmente. O ouro é um dos espelhos mais visíveis da aposta em ativos refúgio. As cotações do metal amarelo valorizam 0,29%, com o preço da onça a estar cada vez mais próxima da fasquia dos 1.300 dólares. O ouro está a cotar nos 1.281,03 dólares por onça, ou seja, em máximos da primeira metade de junho.
Também o dólar soma e segue, à conta do seu perfil de moeda refúgio. O índice Bloomberg Dollar Spot que compara o dólar face a um cabaz de moedas avança pela quinta sessão consecutiva, o maior ciclo de ganhos desde março deste ano. A divisa norte-americana acelera 0,36% face à moeda única, estando a negociar nos 0,8535 euros.
"A situação na Coreia do norte ainda é instável e os investidores estão a controlar o risco e a fazer mais-valias após os recentes ganhos.”
“A situação na Coreia do norte ainda é instável e os investidores estão a controlar o risco e a fazer mais-valias após os recentes ganhos” afirmou à Bloomberg Sam Chi Yung, estratega da South China Financial Holdings, para justificar o quadro atual dos mercados. No saldo das ameaças entre a Coreia do Norte e os EUA, sobressai o aviso de “fogo e fúria” lançado por Donald Trump e o plano detalhado da Coreia do Norte de disparar quatro mísseis balísticos de médio alcance, em meados de agosto, tendo como alvo o território norte-americano de Guam.
A subida das cotações do petróleo que se regista nesta sessão também poderá não ser alheia a estes receios, já que esta matéria-prima também é muito sensível a ambientes de instabilidade geopolítica. O barril de Brent valoriza 1,02%, para os 53,24 dólares, no mercado londrino.
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