Luís Reis: “Sonae vai continuar a procurar aquisições”
Desde 2015, a Sonae já adquiriu mais de 20 negócios (entre aquisições e criação de negócios de raiz). E o grupo de Belmiro quer continuar a expandir-se.
Nos últimos dois anos, a Sonae tem vindo a reforçar o portefólio de negócios, seja através da construção de negócios de raiz, seja através de novas aquisições. E o grupo criado por Belmiro de Azevedo promete continuar a expandir-se. Em declarações ao ECO, Luís Reis, Chief Corporate Center Officer da Sonae adianta que “continuaremos quer a construir negócios de raiz, quer a procurar aquisições”.
Luís Reis lembrou ainda que entre negócios criados de raiz e aquisições: “desde 2015 estaremos a falar de mais de 20 negócios novos no universo da Sonae”. De resto, Reis frisou que na área de saúde de bem-estar, onde a Sonae tem vindo a investir, a aposta é para continuar a reforçar.
A Sonae adquiriu desde 2015, 100% do capital da Losan, 50% do capital da Salsa, Ulabox, Maquenote, Go Natural e Brio para só dar alguns exemplos.
Para o CCCO da Sonae esta tendência que se tem acentuado nos dois últimos anos “mostra a grande capacidade de empreender e de iniciativa do grupo”.
"estes números são excelentes, mostram um excelente trimestre (segundo trimestre do ano), diria mesmo que são dos melhores resultados trimestrais que apresentamos desde há muito tempo”
A propósito dos resultados apresentados esta quinta-feira, referentes ao primeiro semestre de 2017, Luís Reis não tem dúvidas: “estes números são excelentes, mostram um excelente trimestre [segundo trimestre do ano], diria mesmo que são dos melhores resultados trimestrais que apresentamos desde há muito tempo”.
A Sonae cujos lucros caíram 4,4% para os 73 milhões de euros face a igual período do ano anterior, penalizada pelo ganho extraordinário de 56 milhões de euros registado no primeiro semestre do ano anterior, devido a operações de sale and leaseback, registou no entanto um crescimento das vendas de 8% no semestre para os 2.603 milhões de euros, tendo esse crescimento sido ainda mais significativo no segundo trimestre do ano, ao atingir os 10%. Já os resultados líquidos entre abril e junho deste ano atingiram um crescimento de 40% para os 65 milhões de euros.
Luís Reis salienta “o grande destaque destes resultados é o crescimento das vendas e o reforço da rentabilidade operacional”.
Worten fatura um terço fora de Portugal
Outra das apostas do grupo de Paulo Azevedo e Ângelo Paupério tem sido a internacionalização. A Sonae está presente em mais de 80 países. A este propósito, Luís Reis destaca dois números: “a Worten já fatura cerca de um terço fora de Portugal e a divisão de Sports & Fashion realiza cerca de 40% das suas vendas no exterior”.
Contas feitas, a Worten fatura cerca de 145 milhões de euros no exterior, no caso concreto em Espanha, e a Sports and Fashion (que agrega as insígnias da Zippy, Salsa, SportZone, Losan, Berg Outdour e Deeply) qualquer coisa como 162 milhões de euros.
A nível da expansão internacional do retalho alimentar, e depois da tentativa falhada de ir para Angola em parceria com a empresária Isabel dos Santos, a Sonae está agora virada para Moçambique onde de resto já realizou uma parceria (30%) com o grupo Satya e onde detém já dois supermercados.
Para Luís Reis o plano de expansão na área alimentar “é de longo prazo e mais difícil pelo que a internacionalização tem que ser feita com mais calma e com bastante prudência”.
Luís Reis adianta contudo que “a operação que temos é muito pequena, mas que os primeiros resultados não são desanimadores”.
A propósito da parceria com o grupo Satya, Paulo Azevedo adiantara na altura da apresentação de contas do grupo, em março passado, que estava a preparar uma importante parceria para África não querendo contudo adiantar mais pormenores. Ainda assim deixou claro que essa parceria não iria incluir Angola.
O grupo tem crescido também a nível do e-commerce. Na Worten o crescimento no primeiro semestre era de 50% em Portugal e 70% em Espanha. Já a Salsa registou um crescimento de 40% em Espanha e em Portugal a Sonae MC cresce mais de 20%.
Grupo criou dois mil postos de trabalho
Nos primeiros seis meses do ano, a Sonae criou mais de dois mil postos de trabalho. A criação de emprego está ligada ao crescimento das várias áreas de negócio da Sonae que expandiram a atividade, quer em Portugal, quer a nível internacional, em particular na área de Health& Wellness da Sonae MC.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Luís Reis: “Sonae vai continuar a procurar aquisições”
{{ noCommentsLabel }}