Crédito Agrícola quase duplica lucro. Ganha quota no crédito
O Grupo Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido consolidado de 46,9 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.
O Crédito Agrícola ganhou 46,9 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. Praticamente duplicou o resultado líquido, numa altura em que conseguiu aumentar a carteira de crédito, conquistando mercado aos concorrentes e mantendo um rácio de transformação abaixo da média do setor. O rácio de capital está bem acima do exigido.
“No primeiro semestre de 2017, o Grupo Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido consolidado de 46,9 milhões de euros para o qual o negócio bancário (SICAM) contribuiu com 43,6 milhões de euros (mais 90% face ao período homólogo)”, refere a instituição liderada por Licínio Pina.
“A evolução positiva nas variáveis-chave de atividade bancária esteve associada a uma dinâmica muito positiva do Crédito Agrícola em todas as áreas de negócio”, diz o banco, sublinhando que a carteira de crédito (bruto) a clientes ascendeu a 9,017 mil milhões de euros”, permitindo um “reforço de quota de mercado do Grupo Crédito Agrícola”.
Este crescimento do crédito acontece na mesma altura em que “os recursos de clientes sob a forma de depósitos bancários totalizaram 11,9 mil milhões de euros, evidenciando um crescimento, em termos homólogos, de 7,3% correspondente a 815 milhões de euros”. Ainda assim, o rácio de transformação está nos 70%, abaixo do limiar máximo de transformação recomendado (120%).
Imparidades de 647 milhões
“Em termos de qualidade da carteira de crédito do Grupo Crédito Agrícola, o rácio de crédito vencido há mais de 90 dias em junho de 2017 situou-se nos 5,9% e o rácio de crédito em risco (segundo instrução 24/2012 do Banco de Portugal) fixou-se em 9,1%”, diz a instituição em comunicado.
“O Grupo tem vindo a dar continuidade a uma gestão sã e prudente, refletida num total de imparidades acumuladas a junho de 2017 de 674 milhões de euros, valor que confere um folgado nível de cobertura do crédito vencido de 122,5%”, conclui.
Apesar das imparidades, os resultados positivos permitem ao banco manter a solidez. “De acordo com as regras de Basileia numa implementação faseada, o Grupo Crédito Agrícola apresenta um confortável nível de solvabilidade consubstanciado pelo rácio Tier 1 de 13,06%, valor francamente superior aos níveis mínimos recomendados”.
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