Harvey ainda não chegou a Wall Street. Bolsas no verde

A tempestade tropical já afetou as refinarias no estado do Texas, mas o setor energético continua firme em Wall Street. As bolsas norte-americanas abriram em terreno positivo esta segunda-feira.

Mais de 10% da capacidade de produção de barris de petróleo foi fechada esta segunda-feira na costa do Texas, segundo a Bloomberg, mas as ações aguentaram o impacto. Wall Street abriu em terreno positivo. Apesar de os analistas preverem que as bolsas não sejam afetadas, o impacto pode chegar às cotadas do setor energético que já tiveram de fechar partes da sua produção e, em último caso, ao preço do barril.

Dow Jones está a subir 0,08% para os 21.829,27 pontos. O S&P 500 começou a sessão a valorizar 0,17% para os 2.443,05 pontos e o Nasdaq sobe 0,21% para os 6.278,85 pontos. Neste momento, tanto o Brent, em Londres, como o WTI, nos EUA, estão a desvalorizar.

O impacto da tempestade tropical na economia norte-americana, ainda que incerto, está a preocupar os investidores. Em causa estão as reservas das refinarias e todo o negócio à volta do petróleo que está a ser afetado pelo furacão Harvey. A tempestade já atingiu cerca de um terço da produção, segundo a Reuters, o que poderá colocar em causa os baixos preços do barril.

A atenção dos investidores estará, por isso, na evolução das ações das cotadas do setor energético. Segundo a Market Watch, a Exxon Mobil já fechou a refinaria de Baytown, a segunda maior do país, num subúrbio da cidade de Houston. Já a Royal Dutch Shell parou a produção em Deer Park, uma planta no Texas. Para já, as ações do setor estão a valorizar dado que os ‘futuros’ da gasolina nos EUA subiram mais de 6%.

Ainda é muito difícil de determinar o impacto económico do furacão Harvey“, explica Matt Maley, um analista da Miller Tabak, à Bloomberg. O especialista espera até que, apesar da parte negativa da destruição, a reconstrução daqueles espaços pode ter um impacto positivo na economia “de alguma forma”.

Entre os dados económicos revelados esta segunda-feira esteve o défice comercial. O Departamento do Comércio revelou que o saldo do comércio de bens — sem contar com os serviços — baixou 1,8% para os 65,1 mil milhões de dólares em julho. As exportações caíram a um passo mais acelerado do que as importações. Para trás fica o encontro de Jackson Hole onde Yellen deixou avisos.

Internamente, Donald Trump viu mais conselheiros abandonarem o seu cargo. “Atenção insuficiente às crescentes ameaças” e sistemas de defesa “pré-11 de setembro” levaram oito conselheiros a abandonar o Conselho de Infraestruturas. Em causa estará a abordagem da Administração Trump a assuntos tão sensíveis como a cibersegurança, os protestos de Charlottesville e o Acordo de Paris. Já Kim Jong-un ameaçou “afundar todo o território” dos EUA.

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