Afinal, o balcão da CGD em Almeida não é bem um balcão
A autarquia anunciou a 'reabertura' do balcão da CGD, mas com nuances. Questionada pelo ECO, a Caixa explica que não há reabertura, mas sim a prestação de serviços bancários nas instalações da Câmara.
A agência da Caixa Geral de Depósitos em Almeida já não existe e assim continuará, segundo o banco público. O fecho do balcão em maio levou a protestos da população e, mais tarde, à celebração de um acordo entre a Câmara Municipal de Almeida e a CGD. Esse protocolo passa pela prestação de diversos serviços bancários através da presença de uma funcionária do banco nas instalações da autarquia.
“A CGD esteve, desde o início, disponível para encontrar soluções que pudessem assegurar diversos serviços da Caixa em Almeida”, esclarece fonte oficial do banco liderado por Paulo Macedo, assinalando que “o acordo alcançado entre a Caixa Geral de Depósitos e a Câmara Municipal de Almeida vai exatamente nesse sentido”. “Este acordo contudo não implica a reabertura da agência de Almeida, que foi definitivamente encerrada”, assegura a CGD.
Questionado pelo ECO, o vice-presidente da autarquia, Alberto Morgado, confirma que a administração da CGD tem razão. “A agência não reabre, mas o que nós também dizemos, paralelamente, é que através do protocolo negociado — partindo do pressuposto que o código está extinto — conseguimos manter recursos humanos da CGD permanente e a capacidade de ter operações complementares à área automática”. “Vão permanecer serviços que inicialmente não estavam previstos“, garante o autarca.
Ao início desta tarde, o vice-presidente da autarquia tinha avançado que o balcão iria reabrir “brevemente”, segundo a Lusa. Contudo, o próprio autarca explicou as nuances do acordo com a CGD: “A colaboradora em funções passará a exercer a sua atividade nas atuais instalações da CGD, ainda que provisoriamente, uma vez que o protocolo contempla uma solução acordada entre as partes e as [futuras] instalações da Caixa serem concebidas nas instalações da Câmara Municipal de Almeida“.
A agência não reabre. Vão permanecer serviços que inicialmente não estavam previstos.
Ou seja, o balcão da CGD que já existia e foi fechado continuará sem atividade. Os serviços bancários serão, por isso, prestados nas instalações da autarquia, na presença de uma funcionária “diária e permanentemente”.
Desde abril, quando foi anunciado o encerramento da agência do banco público em Almeida, que a população da autarquia se manifestou contra. Os protestos tiveram eco e levaram Marcelo Rebelo de Sousa a reunir-se com o presidente da autarquia, António Baptista Ribeiro, e ainda com a administração da CGD.
Em maio, a Caixa Geral de Depósitos reafirmou a vontade de encerrar o balcão, mas admitiu a prestação de serviços aos clientes “noutros moldes”. Entre essas hipóteses estava a criação de um acompanhamento aos clientes nas instalações do município. Mais tarde, a CGD disse estar disponível para instalar uma caixa multibanco da CGD que permite a utilização de cadernetas.
(Atualizado às 17h51 com declarações do vice-presidente da Câmara Municipal de Almeida)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Afinal, o balcão da CGD em Almeida não é bem um balcão
{{ noCommentsLabel }}