Bolsas fecham mistas. Petróleo cai mais de 2%

As seguradoras foram as cotadas que mais desvalorizaram por causa da tempestade tropical no Texas. As petrolíferas com refinarias situadas longe da zona afetada colheram os benefícios.

O preço da gasolina subiu nos Estados Unidos para um máximo de dois anos, mas o preço do barril de petróleo está a cair mais de 2% em Nova Iorque. Em causa está a chegada da tempestade tropical Harvey à cidade de Houston, onde estão as principais refinarias norte-americanas. Wall Street fechou misto com a queda do Dow Jones, mas com subidas do Nasdaq e do S&P 500.

O barril norte-americano (WTI, West Texas Intermediate) está a cair para os 46 dólares com uma desvalorização de 2,5%. Já Wall Street fechou sem rumo definido. O Nasdaq valorizou 0,28% para os 6.283,02 pontos e o S&P 500 subiu 0,05% para os 2.444,24 pontos. Em terreno negativo ficou o Dow Jones com uma desvalorização de 0,02% para os 21.808,40 pontos.

O Harvey — o furacão mais forte a atingir os Estados Unidos desde 2005 — chegou na sexta-feira ao Texas e tem feito estragos. Mais de 10% da capacidade de produção de barris de petróleo ficou condicionada esta segunda-feira na costa do Texas, segundo a Bloomberg. Segundo a Market Watch, a Exxon Mobil já fechou a refinaria de Baytown, a segunda maior do país, num subúrbio da cidade de Houston. Já a Royal Dutch Shell parou a produção em Deer Park, uma planta no Texas.

Os combustíveis subiram mais de 6% nos mercados, depois de a tempestade ter obrigado ao encerramento de oleodutos, o que limitou a chegada do crude ao Texas e deixou o porto de Nova Iorque sem gasolina. As ações da Exxon Mobil, por exemplo, caíram 1,11% para os 63,8 dólares por título. As seguradoras foram as cotadas mais castigadas: a Travelers caiu 2,6% e a Progressive 2,3%, segundo a Bloomberg. Por outro lado, quem colheu os benefícios foram as empresas com refinarias longe do Texas: a Delek US Holdings, a HollyFrontier e a PBF Energy valorizaram mais de 6%.

Entre os dados económicos revelados esta segunda-feira esteve o défice comercial. O Departamento do Comércio revelou que o saldo do comércio de bens — sem contar com os serviços — baixou 1,8% para os 65,1 mil milhões de dólares em julho. As exportações caíram a um passo mais acelerado do que as importações. Para trás fica o encontro de Jackson Hole onde Yellen deixou avisos.

Na política interna, Donald Trump viu mais conselheiros abandonarem o seu cargo. “Atenção insuficiente às crescentes ameaças” e sistemas de defesa “pré-11 de setembro” levaram oito conselheiros a abandonar o Conselho de Infraestruturas. Em causa estará a abordagem da Administração Trump a assuntos tão sensíveis como a cibersegurança, os protestos de Charlottesville e o Acordo de Paris. Já Kim Jong-un ameaçou “afundar todo o território” dos EUA.

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