Emprego desacelera. Wall Street abre no verde
A criação de emprego em agosto nos EUA desiludiu as expectativas do mercado. O indicador desacelerou mais do que o esperado, o que baixa as probabilidades da Fed continuar a aumentar a taxa de juro.
Depois da revisão em alta do PIB, as estatísticas económicas desiludiram esta sexta-feira. A criação de emprego ficou aquém do esperado. Apesar disso, Wall Street abriu a valorizar esta sexta-feira. O Dow Jones está a subir 0,17% para os 21.985,27 pontos. O S&P 500 valoriza 0,18% para os 2.476,10 pontos e o Nasdaq aumenta 0,18% para os 6.440,09 pontos.
“Dado que esta manhã os dados sobre o emprego foram fracos e os resultados de Harvey, na minha opinião, a Fed não irá aumentar a taxa de juro outra vez em 2017“, afirmou o especialista Tom di Galoma, em declarações à Bloomberg. Em causa estão os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho que reveleram que a taxa de desemprego subiu de 4,3% para os 4,4%.
O crescimento do emprego nos Estados Unidos desacelerou mais do que o esperado em agosto, depois de dois meses de forte criação de postos de trabalho. Ainda assim, continua a ser criado mais emprego nos EUA o que, em conjunto com a revisão em alta do PIB, dá razões à Reserva Federal para continuar a retirada dos estímulos da economia.
Contudo, há um problema que persiste: os salários continuam praticamente iguais. Depois de um subida de 0,3% em julho, também os salários desaceleraram para 0,1% em agosto. Este fator pode fazer com que a Fed pense duas vezes antes de aumentar a taxa de juro pela terceira vez este ano.
A contrabalançar este efeito está a revisão em alta do PIB esta quarta-feira. Desde o terceiro trimestre de 2014 que a economia norte-americana não crescia tanto. A segunda estimativa do gabinete de estatísticas económicas dos EUA aponta para um crescimento da economia de 3%, acima dos 2,6% da primeira estimativa.
A economia norte-americana cresceu através do aumento do consumo interno e do investimento de não residentes. Em contrapartida, a despesa dos Estados federais foi revista em baixa, contribuindo menos para a recuperação económica.
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