Subida do desemprego em Espanha é a maior desde 2011
Juntaram-se mais 46 mil pessoas à população desempregada de Espanha, depois de seis meses de quedas acentuadas. Governo espanhol desvaloriza e justifica com efeitos sazonais.
O número de desempregados inscritos nos serviços públicos espanhóis de emprego registou um aumento de 46.400 pessoas em agosto, face a julho. Os dados revelados esta segunda-feira pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social espanhol mostram que, ainda assim, o número total de desempregados continua a ser o mais baixo desde 2008, ou seja, regressou aos níveis pré-crise.
Esta subida no mês mais quente do ano tem sido uma constante nos últimos anos, tendo também aumentado, em média, 44 mil. Este ano, em agosto, o desemprego subiu principalmente no setor dos serviços — mais 41.559 pessoas desempregadas –, seguido da indústria e da construção.
O secretário de Estado da Segurança Social espanhol explicou os números recorrendo à sazonalidade do mês em questão. “Agosto é um mês de transição em que certas atividades marcadas pelo calendário do verão que se extinguem, enquanto a atividade ainda não retomou em setores que, tradicionalmente, sofrem uma paragem no verão (construção, indústria, etc….) e que se espera que venham a ter um desempenho muito positivo”, afirmou Tomás Burgos.
Ou seja, o Governo espanhol não está preocupado com esta subida repentina, argumentando com os números do PIB. “À parte do comportamento isolado deste mês, afetado pelos fatores que referi, o crescimento económico segue com grande intensidade na comparação anual“, afirmou o secretário de Estado da Segurança Social, Tomás Burgos.
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Em sentido contrário, o desemprego desceu no setor da agricultura e no conjunto de pessoas que estava em situação de longa duração. Há seis meses consecutivos que o desemprego tem vindo a cair em Espanha.
Ainda assim, nos oito primeiros meses, 320.650 pessoas deixaram de ser consideradas desempregadas. O total de desempregados fixou-se nos 3.382.324, em agosto, registando uma redução de 8,5%.
Em julho, a taxa de desemprego de Espanha foi de 17,1%, a segunda mais alta da União Europeia, só superada pelos 21,7% registado na Grécia.
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