Petróleo em máximos de cinco meses. Está perto dos 56 dólares em Londres
A cotação da matéria-prima está a reagir à revisão em alta das estimativas de procura de petróleo por parte da AIE. Ganha em torno de 1% nos dois principais mercados.
O “ouro negro” soma e segue. O preço o barril de petróleo está a ganhar em torno de 1% nos dois lados do Atlântico, com o brent londrino a aproximar-se da fasquia dos 56 dólares, para negociar em máximo de cinco meses. Já o crude norte-americano aproxima-se da fasquia dos 50 dólares. A revisão em alta das estimativas para a procura de petróleo está a ajudar a puxar pelos preços.
A cotação do brent negociado em Londres valoriza 0,87%, para os 55,64 dólares por barril, o que corresponde ao nível mais elevado desde 11 de abril deste ano. No mesmo sentido segue o crude, que ganha em Nova Iorque 1,14%, para os 49,86 dólares, até máximos do início de agosto, aproximando-se assim da barreira psicológica dos 50 dólares.
Trata-se da quarta sessão consecutiva em que o “ouro negro” conhece ganhos, com a cotação a ser impulsionada pela melhoria das expectativas relativamente a um reequilíbrio do mercado petrolífero. A Agência Internacional de Energia (AIE) veio reforçar essa possibilidade depois de, na passada quarta-feira, ter revisto em alta as estimativas de procura para a matéria-prima. O organismo prevê que a procura global de petróleo cresça este ano ao nível mais elevado desde 2015.
Brent em máximos de cinco meses
Fonte: Bloomberg (valores em dólares)
Um dia antes tinha sido a vez de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) também rever em alta a sua estimativa relativamente à quantidade de petróleo que irá precisar de fornecer, em 2018, para conseguir fazer face ao aumento do consumo na Europa e na China. Entretanto, o cartel está a discutir a extensão os cortes da oferta, em mais três meses, para além o prazo atual que termina em março.
O relatório da AIE “foi visto como uma confirmação da prevalência da narrativa do aperto da oferta, no sentido de que o excedente de petróleo vai desaparecer devagar”, salientou a este propósito Norbert Ruecker, responsável pela equipa de research de commodities da Julius Baer, citado pela Bloomberg.
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