Finanças: “FMI salienta avanços registados por Portugal”
O ministério de Mário Centeno considera que o Fundo Monetário Internacional reconhece os progressos feitos em Portugal e diz que vai continuar "empenhado em consolidar os resultados obtidos".
O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou, esta sexta-feira, o mais recente relatório referente à avaliação à economia portuguesa, onde, apesar das críticas, reconhece os progressos “notáveis” feitos por Portugal. O Ministério das Finanças já reagiu a esta avaliação e salienta as revisões em alta que o fundo fez para a evolução da economia nacional.
“O FMI salienta os avanços registados por Portugal ao longo do último ano. Esta avaliação representa uma evolução positiva da análise do Fundo, visível no expressivo crescimento económico previsto para 2017: 2,5%, uma revisão em alta, partindo dos 1,3% previstos no último relatório de fevereiro. Para 2018, a previsão foi agora revista para 2%, sendo anteriormente de 1,2%”, escreve o ministério de Mário Centeno.
O Ministério das Finanças sublinha ainda que “o FMI reconhece a composição diversificada deste crescimento, assente no investimento privado e nas exportações, resultado da melhoria das condições de crédito e do aumento da competitividade dos bens e serviços portugueses”.
O FMI reconhece, de facto, os progressos conseguidos em Portugal, mas alerta também que os riscos para o crescimento e a sustentabilidade das finanças públicas permanecem no médio prazo. “O desafio político de médio prazo continua a ser quebrar o ciclo vicioso entre bancos fracos, malparado elevado e fraco investimento que continua a limitar o crescimento de médio prazo“, lê-se no relatório feito ao abrigo do Artigo IV.
Ainda assim, o Ministério das Finanças salienta “a importância das políticas implementadas para ultrapassar as deficiências estruturais não resolvidas durante o Programa de Assistência Económica e Financeira”. E considera que o FMI reconhece “que o aumento da estabilidade e da confiança no setor financeiro e a melhoria dos níveis de confiança na economia, conseguidos ao longo do último ano, são cruciais para o atual crescimento económico”.
Especificamente sobre o setor financeiro, o FMI admite que os bancos portugueses têm feito progressos nos últimos seis meses para atrair novo capital, além de continuarem a fazer reformas e a reduzir os seus balanços, mas alerta para o peso que o crédito malparado continua a ter na rentabilidade.
O gabinete de Mário Centeno refere ainda que “permanecerá empenhado em consolidar os resultados até agora obtidos e em melhorar o potencial de desenvolvimento económico e social do país“.
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