5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados
Mercados reagem à decisão da S&P de retirar a dívida portuguesa do "lixo", enquanto o Eurostat revela a inflação em agosto. Na bolsa, será que a Impresa continua a subir?
O dia ficará marcado pela reação dos mercados à decisão da S&P de subir o rating da dívida pública para um nível de investimento. O Eurostat atualiza também o nível da inflação no mês de agosto e a Volkswagen assinala dois anos desde o escândalo das emissões poluentes.
Mercados reagem à decisão da S&P
Na sexta-feira, a S&P melhorou inesperadamente o rating da dívida pública portuguesa. A decisão surge depois de a Fitch e a Moody’s terem melhorado os respetivos outlooks para um patamar positivo, o primeiro passo para retirarem a dívida pública portuguesa da categoria de investimento especulativo — vulgo “lixo”. No sábado, António Costa, primeiro-ministro, antecipou que as yields da dívida deverão registar uma tendência de queda. Os mercados deverão reagir à notícia, pelo que os investidores estarão atentos ao evoluir dos juros no mercado das obrigações do Tesouro português.
Inflação na Zona Euro
O Eurostat vai atualizar o nível da inflação relativo ao mês de agosto. Segundo a Bloomberg, estima-se que o gabinete europeu de estatística apresente esta segunda-feira um índice de preços no consumidor de 1,5% em agosto, face aos 1,3% no mês anterior. O valor aproxima-se do valor de referência para o banco central europeu, ligeiramente abaixo de 2%, numa altura em que os mercados anteveem o princípio do fim do programa de estímulos monetários.
Membro do BCE fala em Itália
E no dia em que de se atualiza o nível da inflação, Ignazio Angeloni, membro do conselho de supervisão do Banco Central Europeu (BCE), vai falar numa conferência sobre o setor bancário em Itália. Os investidores estarão atentos a qualquer sinal que possa lançar luz sobre como estará o BCE a preparar o fim do quntitative easing este ano, ou mesmo alguma nota sobre a direção do programa no ano que vem.
Impresa continua a ganhar
No último dia 7 de setembro, as ações do grupo Impresa atingiram um mínimo de 22,5 cêntimos. No entanto, desde então, os títulos da dona da SIC não sabem o que são perdas, valorizando 36% até à última sexta-feira. São seis sessões consecutivas de ganhos para a empresa de Francisco Pedro Balsemão. Se as ações se mantiverem no verde esta segunda-feira, será o melhor ciclo de ganhos para a Impresa desde maio. Também o PSI 20 tem estado em alta e, se assim se mantiver, será a maior sequência de ganhos desde março. Nota ainda para a Mota-Engil, que valoriza há 13 sessões consecutivas e está em máximos históricos: 2,877 euros cada título.
Volkwagen, dois anos após o escândalo
Foi a 18 de setembro de 2015, uma sexta-feira, que a Agência de Proteção Ambiental dos EUA acusou formalmente a Volkswagen de manipular as análises às emissões poluentes de alguns dos seus veículos a gasóleo. O caso ficou conhecido por dieselgate e fez as ações da empresa darem um trambolhão de 40% nas três sessões seguintes. Hoje, a empresa assinala dois anos da nova vida e os títulos ainda não recuperaram para os níveis antes do escândalo. Será um dia de balanços para a fabricante alemã.
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