Brexit está a agitar o mercado imobiliário. Londres vê preços caírem e compras sobem
O preço das casas no Reino Unido teve este mês a subida anual mais baixa dos últimos cinco anos e Londres registou a maior queda numa década. Compras aumentam 4,8%.
O preço das casas no Reino Unido teve este mês a subida anual mais baixa dos últimos cinco anos e Londres registou a maior quebra numa década (3,2%). Como resultado, registou-se um aumento de 4,8% nas vendas. As causas apontadas são o impacto do Brexit nos consumidores e o consequente fraco crescimento económico.
Segundo a Rightmove Plc, uma empresa de análise de mercado, houve este mês uma subida anual de 1,1% do preço de compra das casas, no Reino Unido, quando, em agosto, se tinha registado uma subida de 3,1%. Esta foi também a primeira quebra registada na evolução mensal no preço das casas britânicas em quatro anos.
Em Londres, os preços caíram 3,2% com particular destaque para os bairros mais caros, tais como Kensington e Chelsea (queda de 10%) ou Hammersmith e Fulham (8%). Estas quebras foram atenuadas por outros bairros da capital britânica — como Hackney, Southwark e Bexley –, onde os preços subiram. Este é o pior cenário que o setor imobiliário londrino enfrenta desde 2008, de acordo com agentes imobiliários inquiridos pela Royal Institution of Chartered Surveyors.
De acordo com a Bloomberg, o mercado imobiliário é onde se sentem mais os efeitos do Brexit sobre os consumidores. Mas a pressão sobre os preços também resulta do fraco crescimento económico. Face a isto, o Banco de Inglaterra anunciou ponderar a subida das taxas de juro pela primeira vez numa década.
Este crescimento menos acentuado traduziu-se numa subida anual de 4,8% nas vendas de imobiliário britânico, algo que atenua o impacto, nos consumidores britânicos, dos fracos aumentos salariais e de uma aceleração da inflação.
De acordo com a Rightmove, o crescimento anual do preço das casas está a evoluir a metade do ritmo do registado na evolução salarial, algo que trará maior alívio aos consumidores que vêem o seu poder de compra diminuir.
Miles Shipside, analista de mercado imobiliário na Rightmove, afirma que, agora que os consumidores conseguiram ver o seu poder de compra aumentar, é de esperar que tal não seja novamente revertido pela subida das taxas de juro ou por uma inflação galopante dos preços no consumidor.
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