Theresa May quer parceria criativa e ambiciosa com a Europa
Em Florença, a chefe do governo britânico falou sobre as negociações para a saída do Reino Unido da União Europeia e assinalou a vontade de manter a proximidade económica e estratégica com a Europa.
O Reino Unido está a sair da União Europeia, não a voltar-lhe as costas, garantiu, esta sexta-feira, Theresa May, num discurso proferido em Florença, Itália, sobre o Brexit. A primeira-ministra britânica deixou clara a vontade de manter a cooperação económica e estratégica com a Europa. May apelou à criatividade e ambição no desenho da nova parceria.
Segurança, migração e economia foram os principais tópicos da intervenção da chefe do governo britânico que pediu um período de transição de dois anos após a saída do Reino Unido da União Europeia.
1. Parceria económica criativa
Há boas razões para o Reino Unido estar otimista, explicou Theresa May. Os britânicos, diz a chefe do governo, são o maior parceiro comercial da União Europeia e é a Europa, por sua vez, a maior parceira comercial do Reino Unido. É, portanto, do interesse de todos encontrar uma parceria criativa que promova a prosperidade de ambos, realçou.
“Uma nova parceria económica criativa, abrangente, sublinhada por elevados padrões e com uma abordagem prática à regulamentação” é, por isso, a proposta da primeira-ministra britânica.
Theresa May enfatizou, ainda, a importância dos valores comuns do Reino Unido e da União Europeia, como o comércio livre e a concorrência, na construção de um novo projeto. A chefe do governo britânico comprometeu-se, também, a evitar fricções nas fronteiras.
“Queremos trabalhar em conjunto com a União Europeia, não afastados dela”, destacou a responsável. O Reino Unido está, portanto, interessado numa parceria estreita em termos económicos com a Europa.
2. Unidos pela segurança da Europa
“O Reino Unido está comprometido de forma incondicional com a União Europeia”, disse Theresa May em relação às matérias de segurança e luta contra o terrorismo. A primeira-ministra garantiu que é do interesse do Reino Unido manter a aliança e trabalho sobre “questões que podem ser de vida ou de morte”.
May apelou ainda a um diálogo constante baseado na crença histórica na paz, Estado de direito e democracia partilhada pelo Reino Unido e União Europeia. “É a nossa ambição trabalhar de forma estreita com a UE para proteger os nossos povos”, sublinhou.
Um acordo único em termos de profundidade e aberto a parcerias dinâmicas para melhorar a segurança de toda a Europa foi o desejo expresso pela chefe de governo, em Florença.
3. Reino Unido valoriza imigrantes
Desde o referendo de 23 de junho de 2016 (em que a saída da União Europeia conquistou a vitória) que a incerteza passou a fazer parte do dia-a-dia dos imigrantes a viver, no Reino Unido.
“Queremos que fiquem, valorizamo-vos e agradecemos o vosso contributo para a vida nacional”, declarou Theresa May sobre esses cidadãos. A primeira-ministra britânica assegurou que uma das prioridades no processo de Brexit é a garantia dos direitos dos trabalhadores.
A 29 de março de 2019, o Reino Unido deixa, oficialmente, de ser membro da União Europeia.
(Notícia atualizada às 16h20)
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