Tecnológicas norte-americanas pagam poucos impostos, diz a UE
A União Europeia pretende fazer frente às empresas que aproveitam as baixas taxas de impostos em países como a Irlanda. Facebook e Google são algumas empresas na mira.
A União Europeia pretende aumentar a carga fiscal sobre empresas tecnológicas norte-americanas. Companhias como a Google ou o Facebook têm vindo a declarar os seus rendimentos em países de baixa tributação como a Irlanda ou o Luxemburgo, reduzindo assim a fatura fiscal. A notícia é avançada por fonte próxima das companhias à Reuters.
Segundo a mesma fonte, a UE ameaçou avançar sozinha com um imposto sobre o volume de negócios ou outras medidas de curto prazo. O bloco pretende ainda implementar o levantamento de impostos sempre que uma empresa apresente uma plataforma virtual num determinado país, e não apenas uma sede física.
Estas alterações serão adicionadas à revisão das regras de tributação sobre empresas, atualmente em discussão junto do Parlamento Europeu.
Paul Tang, legislador da UE, dá o exemplo da Amazon, que tem sede fiscal do Luxemburgo e ficou isenta de pagar impostos entre 2013 e 2015 por não ter registado lucros.
A presidente da Câmara do Comércio dos EUA na UE, Susan Danger, refere que a decisão pode trazer consequências, nomeadamente reduzindo investimento, afetando postos de trabalho e penalizando startups e empresas de menores rendimentos. A representante norte-americana acrescenta ainda que a criação de uma base fiscal única em toda a UE afetará a competitividade e o crescimento do bloco, caso não esteja alinhada com regras reconhecidas a nível internacional.
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